Sindarroz busca revitalização de Mato Grosso no cenário nacional
eleição da diretoria aconteceu em fevereiro, concorrendo em chapa única, e por consenso foi escolhida por representantes de indústrias filiadas de todo o Estado
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Unir indústrias e produtores: essa é a principal meta do recém-criado Sindicato da Indústria de Arroz do Mato Grosso. A eleição da diretoria aconteceu em fevereiro, concorrendo em chapa única, e por consenso foi escolhida por representantes de indústrias filiadas de todo o Estado.
A posse dos membros está marcada para o mês de março. Com 33 indústrias afiliadas, o Sindarroz-MT espera na aproximação de produtores e indústrias melhorar a cadeia de produção do arroz no Estado do Mato Grosso.
– Nós éramos considerados o segundo maior parque industrial no Brasil, hoje estamos perdendo para Santa Catarina. Vimos a necessidade de nos unirmos para enfrentar a crise do agronegócio, que está afetando o arroz – afirma Joel Gonçalves Filho, presidente do Sindicato.
Recentemente o Mato Grosso também perdeu a posição de segundo maior produtor nacional de arroz em casca para os catarinenses. Nos últimos trinta anos, a produção mato-grossense só foi inferior à catarinense em quatro temporadas, além das safras 2005/06 e 2006/07.
Analisando este período, observa-se que a área plantada com arroz no Mato Grosso sempre foi maior que em Santa Catarina (cerca de 4 vezes), ao passo que a produtividade em Santa Catarina sempre superou a do Mato Grosso uma diferença que vem continuamente se acentuando.
Na safra 2006/07, a produtividade catarinense deve ultrapassar 7.000 quilos por hectare, enquanto no Mato Grosso deve se situar ao redor de 2.720 quilos por hectare (menor que a média nacional), segundo dados da Conab. Por isso, o Sindarroz também pretende ganhar força política para mobilizar órgãos de pesquisa para o estudo de novas sementes e viabilizar o aumento da produção e produtividade no Mato Grosso, através de parcerias com órgãos estaduais como Embrapa, Sesi e Senai, que segundo Joel, são estruturas que precisam ser aproveitadas.
Atualmente as pesquisas são realizadas por empresas particulares, o que gera custos altos. Há quatro anos não é lançada uma nova semente no Estado. Se não houver mudanças, será ruim para ambos (produtores e industrias), completa o presidente.
Segundo ele, a variedade Primavera, para terras altas, é a melhor semente no Estado, e caso não haja novas pesquisas, a cultivar pode perder a qualidade.Para fortalecer a produção do arroz no Estado, o Sindarroz-MT aposta também na divulgação da qualidade do produto local, inclusive para recuperar mercado no Mato Grosso.
A entidade traz para o Estado uma maior representatividade no setor, após a dissolução da Associação dos Produtores de Arroz do Mato Grosso (APA-MT), que encerrou suas atividades em janeiro, após uma trajetória de oito anos no Estado.Estimativas da Conab para o Mato Grosso apontam para uma produção de quase 900 mil toneladas (8% do total nacional), numa área cultivada de 330,6 mil hectares (11% da nacional), em 2006/07.