Soja, a grande revolução

 Soja, a grande revolução

Marchesan: entrega o livro do GPAI a representante da Planeta Arroz

GPAI/UFSM) lança livro com contribuições à produção de soja em áreas de arroz

Com o objetivo de reunir informações geradas por anos de pesquisas, o Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado e Uso Alternativo de Várzeas, da Universidade Federal de Santa Maria (Gpai/UFSM), coordenado pelo professor Enio Marchesan, lançou o livro: Soja em áreas de arroz: contribuições do Grupo de Pesquisa em Arroz Irrigado (GPAI). Com 274 páginas, a publicação é um extrato das informações geradas em muitos anos de pesquisas pelo grupo e seus colaboradores, detalhando os desafios e os avanços da inserção da cultura da soja em áreas arrozeiras sob a ótica de linhas de pesquisas multidisciplinares que buscam desenvolver tecnologias capazes de proporcionar elevada produtividade e estabilidade de produção com minimização dos muitos riscos deste processo.

“É um meio de facilitar a divulgação e o uso das informações, que ainda são escassas e restritas a poucas pessoas, e assim, contribuir para que os avanços na rotação da soja com o arroz possam ser mais rápidos e seguros”, afirma Marchesan, que visitou a redação de Planeta Arroz acompanhado dos pesquisadores Robson Giacomeli e Gabriel Donato.

Para o professor, os estudos do sistema produtivo em rotação de culturas GPAI se devem à necessidade de identificar respostas às principais demandas do meio produtivo.

O especialista acrescenta que a soja no Rio grande do Sul começou a intensificar-se neste novo momento, a partir da safra 2009/10, e hoje ocupa mais de 30% da área cultivada com arroz irrigado anualmente. Lembra que este cultivo é muito importante para a sustentabilidade da lavoura arrozeira, auxiliando no controle de plantas resistentes ou de difícil controle pelos herbicidas comumente utilizados em gramíneas.

Além disso, os bons preços da oleaginosa estimularam produtores a tratar o cultivo em terras baixas como outra fonte de renda muito interessante, possibilitando o uso mais intensivo da área, dos recursos financeiros e de pessoas. “Hoje, há projetos em andamento e produtores buscando produtividades tão elevadas quanto as obtidas em ambientes de terras altas, mas há também grandes desafios a serem vencidos para se alcançar e manter-se com estabilidade de produção neste”, diz.

Por isso, segundo Marchesan, o GPAI se envolveu na pesquisa de soja em terras baixas, no sentido de também entender melhor os processos de cultivo da oleaginosa, identificando os principais fatores limitantes que, agora já envolvem ao mesmo tempo, além de tecnologias para produção, a presença de plantas de cobertura, menor mobilização do solo, sistemas mais conservacionistas com presença da pecuária.

Observa ainda que com este novo modelo, estamos noutro sistema de produção complexo e ainda desconhecido, com variáveis econômicas e de mercado além do aspecto agronômico, com necessidade de melhorar a gestão de pessoas. “É preciso especializar-se, conhecer profundamente os detalhes”, sentencia.

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