Sucessão familiar no campo começa a vencer tabus

Na avaliação do consultor Francisco Vila, há mais integração entre pais e filhos
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O público compareceu ao CTG Farroupilha, em Alegrete (RS), para ouvir a palestra do consultor internacional e especialista na área de Sucessão Familiar, Francisco Vila, que apresentou, na semana arrozeira, um cenário geral de como hoje as famílias no campo estão lidando com o tema.

Segundo Vila, não existe uma receita de como trabalhar a sucessão familiar nas propriedades rurais, pois cada negócio familiar tem suas especificidades. O consultor deixou claro que o processo não tem nada a ver com a partilha de herança quando o patriarca da família morre. “A sucessão é a organização do processo e a modernização contínua para manter o negócio vivo daqui há 20 anos. E para isso preciso da experiência da geração mais antiga e o conhecimento da geração mais nova que está saindo das escolas técnicas e das faculdades com o aprendizado de novas tecnologias para fazer mais com a terra que nós temos”, destaca.

Para ele, Brasil está à frente de muitos países pelo mundo onde a distância de idade entre os mais velhos e os mais jovens é maior. Lembra também que não necessariamente os filhos serão os sucessores do negócio familiar. “O Brasil está muito bem posicionado porque a população aqui não é tão velha como em outros países. O assunto está batendo à porta. Muitos proprietários estão na faixa dos 55 a 60 anos e estão em plena forma, mas não tem ainda a capacidade de incorporar as novas tecnologias. Para isso tem os jovens, seja o filho, sobrinho ou filho do vizinho ou profissional. Sucessor é aquele que vai assegurar a continuidade do negócio”, observa.

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