Sul concentra a produção nacional
O Rio Grande do Sul, maior produtor nacional em 2015, com 70,6% do total, produziu 8.679.489 toneladas em uma área colhida de 1.121.675 hectares e um rendimento médio de 7.738 quilos por hectare, valores estes maiores, respectivamente, 5,3%, 0,7% e 4,5% quando comparados aos da safra anterior. Em 2015 a produção de arroz obteve bom desempenho, sendo a segunda maior obtida pelo estado, inferior apenas à safra recorde obtida em 2011.
Dos 20 principais municípios produtores de arroz do Brasil, com exceção de Lagoa da Confusão (TO) e Formoso do Araguaia (TO), todos são gaúchos. Em conjunto, apenas os cinco primeiros municípios produtores (Uruguaiana, Itaqui, Santa Vitória do Palmar, Alegrete e Dom Pedrito) responderam por 23% da produção nacional.
Em Santa Catarina, segundo produtor nacional, com 8,8% do total, foram produzidas 1.081.537 toneladas de arroz em casca na safra 2015 em uma área colhida de 148.705 hectares, valores estes menores, respectivamente, 0,1% e 0,8% quando comparados aos da safra anterior. O rendimento médio de 7.273 quilos por hectare ficou 0,7% maior.
O estado é um tradicional produtor de arroz irrigado, diferenciando-se dos demais pelo sistema de alta tecnologia e produtividade conhecido como “sistema pré-germinado”, que apresenta a desvantagem de utilizar mais água que os demais cultivos. As lavouras de arroz irrigado possuem custo elevado para implantação em função da necessidade da sistematização das várzeas e do predomínio de cultivos de quadros em nível delimitados por taipas para permitir melhor distribuição e manejo da água. Estas áreas normalmente só podem ser ocupadas por este cereal, ocorrendo pouca variação na área plantada.
O estudo indica que 98,5% da área de arroz cultivada no estado é irrigada. O arroz de sequeiro é plantado apenas em pequenos talhões e é cultivado quase que exclusivamente para subsistência dos pequenos agricultores (sem comercialização). O que se nota é uma alteração no perfil do sistema de cultivo, pois cerca de 40% da área já é usuária do cultivo mínimo no lugar dos 100% de plantio pré-germinado adotado até 2010, por exemplo. A mudança de sistema busca reduzir custos e, principalmente, quebrar ciclo de pragas e invasoras.