Tailândia reduz expectativa de exportação para 6,5 milhões de t

 Tailândia reduz expectativa de exportação para 6,5 milhões de t

Produtores tailandeses tiveram perdas de 5 milhões de toneladas na temporada

Será, em 2020, o menor volume embarcado pelo segundo maior exportador mundial em 20 anos.

A Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia (TREA) anunciou oficialmente que reduziu a previsão para as exportações do grão na temporada 2020 para 6,5 ​​milhões de toneladas, o menor volume em duas décadas. As principais causas são a seca que atingiu a sua safra principal e o fortalecimento da moeda local, o baht, sobre o dólar norte-americano, disseram seus executivos em entrevista coletiva virtual na quarta-feira passada.

A última previsão do grupo representativo industrial para os embarques da Tailândia, o segundo maior exportador mundial de arroz, é ainda menor do que a expectativa anteriormente anunciada, de uma queda para 7,5 milhões de toneladas em 2020, que seria o menor volume em sete anos.

A TREA ratificou que o cenário está muito influenciado por um baht persistentemente forte em comparação com outras moedas de países emergentes e a prolongada estiagem que reduziu em 5 milhões de toneladas a produção de arroz tailandês nesta temporada, desequilibrando a relação de oferta x demanda e tornando os preços mais altos e pouco competitivos.A pandemia do Covid-19 também afetou a logística do país.

"A nova previsão de 6,5 milhões de toneladas é o menor volume em 20 anos", disse Chookiat Ophaswongse, presidente honorário da Associação Tailandesa de Exportadores de Arroz, acrescentando que a mais baixa anterior foi de 6,15 milhões de toneladas em 2000.

De janeiro a junho, segundo a TREA, a Tailândia exportou 3,14 milhões de toneladas de arroz, cerca de um terço a menos do que nos mesmos seis meses em 2019, segundo os dados da associação. O volume é bem inferior aos 4,53 milhões de toneladas embarcados pela Índia, o maior fornecedor global, e os 4,04 milhões de toneladas enviados ao exterior pelo Vietnã, que é o terceiro maior vendedor. Com isso, os traders tailandeses não descartam que o país perca a segunda posição entre os maiores exportadores do mundo para o vizinho Vietnã.

"Os ganhos da Tailândia, com a Índia interrompendo a logística durante o bloqueio e o Vietnã proibindo temporariamente novos contratos para garantir que o suprimento doméstico em meio à crise do coronavírus, não foram duradouros nem se sustentaram, e o equilíbrio dos negócios se manteve baixo pela demanda também estável e fraca", disse Charoen Laothamatas, presidente da associação.

"O Covid-19 tornou o mercado volátil, fazendo com que os importadores comprem mais do que o habitual anteriormente para estocar, mas agora eles não precisarão voltar às compras por um tempo", assegurou.

As vendas de arroz aromático "jasmim" tailandês premium subiram 63% este ano, beneficiando-se da compra de pânico em mercados mais ricos como Cingapura, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá.

Enquanto isso, o menor poder de compra globalmente viu o arroz branco tailandês perder para as cotações mais baratas oferecidas pelo Vietnã em importantes mercados asiáticos como as Filipinas.

A China, que já foi importadora de arroz na Tailândia, também estava competindo com força frente à Tailândia nos principais mercados africanos com preços mais baixos. (Com agências internacionais e informações da TREA).

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