Tamanho adequado

O Brasil produzirá 3% mais arroz na safra 2012/13 comparada com a temporada anterior. O crescimento, no entanto, ficou abaixo da expectativa inicial, de superar 12 milhões de toneladas em função do aumento de área no Rio Grande do Sul e ganhos produtivos em Santa Catarina e estados produtores de arroz de terras altas. O oitavo levantamento da safra de grãos 2012/13 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em maio, indica volume de 11,945 milhões de toneladas colhidas, o que representa 346 mil toneladas a mais do que as 11,599 milhões de toneladas produzidas em 2011/12.

A expectativa de maio é 2 mil toneladas maior do que o levantamento de abril e contraria os anúncios de aumento da quebra por doenças de final de ciclo e frio das entidades do sul do país. A companhia estima que foram semeados com arroz 2,39 milhões de hectares, com queda de 1,52% frente aos 2,426 milhões de hectares cultivados na safra 2011/12. A produtividade alcançará 4,999 mil quilos por hectare, sendo 4,6% superior aos 4,780 mil quilos por hectare do ciclo passado.

ESTADOS
O Rio Grande do Sul é o principal produtor do país, com safra de 7,994 milhões de toneladas, segundo a Conab. O volume equivale a um avanço de 3,3%. A área prevista é de 1,066 milhão de hectares, alta de 1,3% ante os 1,053 milhão de hectares de 2011/12, com rendimento esperado de 7.495 quilos por hectare, ante 7.350 quilos da anterior. O rendimento melhorou em 2%.

Em Santa Catarina, a produção deverá recuar 6,4%, totalizando 1,009 milhão de toneladas pelo levantamento da Conab. A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) chegou a apontar uma queda superior a 12% na produção do sul catarinense, uma das grandes regiões produtoras do estado. Ainda assim, Santa Catarina tem folga na posição de segundo maior produtor brasileiro.

O Maranhão, pelo estudo da Conab, assume o terceiro lugar na produção do cereal no país, com ampliação de 35,3% da colheita, para 632,6 mil toneladas frente às 467,7 mil toneladas calculadas para 2011/12. Apesar da queda de 2,3% em área, para 416,2 mil hectares, o estado nordestino melhorou em 38,4% a sua produtividade, já que este ano não enfrentou problemas climáticos como no ciclo 2011/12. A produtividade maranhense subiu de 1.098 quilos para 1.520 quilos por hectare, que ainda é muito baixa diante da média nacional, de quase 5 mil quilos por hectare. No estado, porém, predomina a cultura de sequeiro em pequenas propriedades, voltada para a subsistência.