Tarifa zero aumenta importação, mas arroz estrangeiro está 31% mais caro

 Tarifa zero aumenta importação, mas arroz estrangeiro está 31% mais caro

Consumidor analisa opções de arroz em supermercado no Rio de Janeiro

Entre setembro e outubro, o Brasil importou média de 114,8 mil toneladas mensais de arroz com e sem casca ou semi elaborado de vários tipos.

Desde a decisão do governo brasileiro de zerar os impostos para a importação de arroz, o Brasil comprou 229,6 mil toneladas de arroz de outros países. Mas essa compra do produto importado não significa alívio no bolso do brasileiro.

Isso porque o arroz estrangeiro está mais caro e, para piorar, o dólar na casa dos R$ 5,44 aumenta ainda mais a conta. Na média, o arroz importado sem imposto desde setembro custa 31% mais que o comprado com impostos.

Dados do Ministério da Economia levantados pelo CNN Brasil Business mostram forte aumento da compra de arroz desde a decisão de reduzir impostos – decisão anunciada no início de setembro.

Entre setembro e outubro, o Brasil importou média de 114,8 mil toneladas mensais de arroz com e sem casca ou semi elaborado de vários tipos, como polido, glaceado ou parbolizado. Esse volume mensal é 120% maior que a média observada de janeiro a agosto, quando não havia isenção de impostos.

Apesar do crescimento expressivo, esse volume importado não é tão expressivo diante da demanda doméstica. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, o consumo médio brasileiro está no patamar de 20 mil toneladas de arroz por dia. Portanto, o volume importado seria suficiente para cerca de dez dias de consumo dos brasileiros.

Esse aumento da oferta do cereal importado, porém, veio com uma conta mais cara. Isso porque, na média, o Brasil pagou 31% mais pelo quilo. Na média, o arroz importado sem impostos chegou ao país por R$ 2,3130 contra R$ 1,7682 entre janeiro e agosto deste ano. Esse aumento acontece como uma conjunção de duas altas: o quilo médio importado ficou 19% mais caro em dólares e, na comparação com o real, o próprio dólar ficou 9% mais caro.

Esses números explicam o que o brasileiro sente no caixa do supermercado. Apesar da isenção do imposto de importação, o arroz está cada vez mais caro. Segundo o IBGE, subiu 17,98% em setembro e aumentou mais 13,36% em outubro. No acumulado do ano, o aumento chega a 59,48%.

5 Comentários

  • E agora a culpa é de quem? Antes era do produtor! A indústria fez lobby e forçou a queda da TEC agora a culpa é de quem? Dá indústria lógico, agora assumam e se virem com o arroz fedorento e caro! Que baita tiro no pé!

  • Seu Henrique pior que a indústria são os atacadões e supermercados do centro do pais! São eles que em conjunto com a midia esquerdista que pressionaram o governo a liberar as importações. Agora eles já estão sabendo da seca aqui no Sul, da redução do plantio e que os preços não queriam como eles queriam!!! Essa gente é artista! Já estão se vitimizando desde agora para que o governo mantenha a TEC zerada ad infinitum. Essa é a leitura que eu faço! Nossa entidades de classes que se atente para os fatos! Em janeiro tem arroz paraguaio novo chegando!!!

  • A indústria que se prepare, estão achando ruim pagarem R$ 105,00/110,00 o saco, vão pagar bem mais no ano que vem.
    O óbvio, arroz subindo no mercado internacional, péssima qualidade do estocado pelo países exportadores como está se vendo, dificuldade de logística para embarque devido a pandemia, redução de área aqui no estado devido as barragens que não encheram, dificuldade de emergência por falta de umidade no solo, com gasto de água para banhar e nascer, sal na Lagoa dos Patos fonte de água para muitas lavouras litoraneas, ocorrência de atraso no plantio devido a seca, com a consequente queda de produtividade……querem mais ??
    Aguardemos pois o desenvolvimento da cultura e o fenômeno La Nina, após a colheita saberemos o resultado deste somatório de fatores!

  • Segundo o SR. Carlos Azambuja acabou o arroz no brasil pq só falou catastrofe kkkkkkkkkkkkk

    quem pressiona pra comprar barato é sempre o atacado. se vc vende mal pro engenho, vc trabalha com engenho ruim. eu sempre pego o preço bom com engenho.

  • Certos cidadãos de Uruguaiana, diga-se Augusto Arrozeiro, se acha o ”bom” o gostosão dos arrozeiros (se é que é mesmo produtor), vir aqui no espaço arrotar que sempre vende bem e que a indústria não pressiona o preço para baixo é estar fora da realidade ou trabalha para alguma indústria específica.
    Produtor não tripudia de produtor, quando um comenta a realidade de sua região o mínimo que se espera de um colega é educação e compreensão da situação vivida no momento.
    Comentários como deste cidadão em questão, fazem a classe produtiva ter repulsa por ter elementos indignos de serem chamados de produtores em suas fileiras, por que a grande maioria é lutadora e respeitosa com seus colegas!!

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter