Tem perigo no ar

Retorno do El Niño deixa agricultores em alerta.

Depois de gerarem intensa preocupação em diversas partes do mundo e áreas econômicas, especialmente na agricultura, anunciando a ocorrência de um fenômeno climático El Niño de forte intensidade entre o final deste inverno e a próxima primavera, os centros internacionais de meteorologia mudaram a expectativa: o fenômeno deve ser de “fraca intensidade”. Isso, no entanto, não é garantia de que deixará de gerar danos à orizicultura. Enquanto gera maior intensidade de chuvas no Sul do Brasil, especialmente Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, responsáveis por três quartos da produção nacional, este fenômeno reduz o volume de chuvas no Nordeste e algumas regiões do Norte.

Os meteorologistas concordam, porém, que a ocorrência de fenômeno de fraca intensidade não representa a ausência de maiores danos à agricultura. Excesso de chuvas em regiões pontuais, temporais, enchentes e enxurradas podem fazer parte do “pacote climático” gerado pelo El Niño, bem como, em algumas regiões, pode até haver estiagem.

Em geral, os centros internacionais esperam chuvas acima da média no Sul exatamente na época de semeadura do arroz e da soja nas zonas arrozeiras. Isso exige cuidados como a antecipação do preparo de solo, redução dos cultivos em área de risco e otimização dos sistemas de drenagem.

Por outro lado, como a previsão é de um El Niño mais fraco e breve, há projeção de estiagem para o início de 2015, exatamente quando soja e arroz entram em floração em boa parte das áreas cultivadas. Neste caso, um bom volume de chuvas ajudará a manter os mananciais e represas abastecidos, aptos para o caso de exigência em manter o nível da irrigação.

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