Tempestades passam

O ano de 2020 trouxe novas e importantes lições ao mundo e também para a cadeia produtiva do arroz. A grande incógnita do momento para o setor é o que virá depois da chamada “tempestade perfeita” que se formou para o mercado a partir da explosão de consumo de pânico gerada com a pandemia do novo coronavírus e todos os efeitos resultantes dela. É certo, por exemplo, que o arroz ganhou a sua real dimensão de fator de segurança alimentar global. Foi valorizado. Mas, mostrou também que a estrutura mundial de logística e transporte comporta com dificuldades um comércio global mais aquecido.

Tornou-se evidente que quando há riscos, o brasileiro corre para armazenar produtos. E o arroz está entre os primeiros itens. E que a safra nacional – em especial do Sul do Brasil, do Tocantins e do Mato Grosso – são fundamentais para garantirem o abastecimento interno e colaborar com a alimentação de mais de 100 países. Os reflexos, após as ótimas cotações, acima de R$ 100,00 alcançarem um baixo percentual de beneficiados, chegaram à colheita 2020/21 e mais gente teve relativo acesso. Quem vendeu na colheita obteve entre R$ 85,00 e R$ 90,00, em média.

Mas, maio trouxe os preços buscando novas referências. E agora, o desafio é manter, ao menos em parte, os ganhos e segurar estas cotações em níveis remuneradores ao longo de 2021 e 2022. É preciso estabilidade financeira numa lavoura que se renova, aposta e acredita na ciência. E precisa investir constantemente.

Ao longo desta edição, buscamos responder, com a palavra de especialistas, quais as chances da cadeia produtiva em resolver alguns de seus impasses e buscar um ponto de equilíbrio. As tempestades passam. E agora, o que interessa, é como será a bonança. Boa leitura!

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