Tendência de preços altos para o arroz se confirma em janeiro
Com a perspectiva de bons preços no mercado internacional, a exportação a um dólar superior a R$ 1,80 se traduz em um bom câmbio dessa divisa.
A maior resistência da moeda americana demonstrada nesse princípio de ano anima o setor. A desvalorização do real tem um reflexo duplamente positivo.
Os produtores podem ver aí um bom motivo para comemorar – afirma o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.Além da política empregada pelo IRGA em promover as exportações e garantir o market share conquistado pelo arroz brasileiro no exterior, a receita pode ser ainda
incrementada com o real se desvalorizando.
Com a perspectiva de bons preços no mercado internacional, a exportação a um dólar superior a R$ 1,80 se traduz em um bom câmbio dessa divisa. Com a quebra de produtividade esse ano em função da umidade, a tendência é de um quadro interno apertado e dependente da importação para sustentar esse comércio (as exportações).
Com um dólar valorizado, a importação tende a ser marginalmente inibida em função de custar mais para se adquirir o cereal. Então, tanto a busca de manter o fluxo de
exportações, como o encarecimento das importações atua como fator altista em
favor do arroz no mercado interno.
Os produtores, em posição cada vez mais confortável, seguem resistentes a
negociar arroz com preços inferiores a R$ 32,50 no Rio Grande do Sul (RS).
Para a indústria, a forte alta em janeiro representa uma dificuldade de repassar ao varejo esse custo, com isso as compras diminuíram essa semana, favorecendo a uma acomodação dos preços. De todo modo, a cautela é a palavra de ordem no mercado. Adotada por ambas as partes, favorece ao alargamento do spread de compra e venda do arroz em casca atualmente. Sem nenhuma notícia ou fato importante que altere esse cenário, de suporte para o arroz, os preços seguem firmes e seguindo uma tendência claramente altista no curto prazo até a colheita pelo menos.