Tocando em frente
Potenciais e importantes importadores fizeram parte do portfólio nas compras do arroz beneficiado em 2019, tais como o Peru, Iraque, Cuba, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Estados Unidos. “Além do conjunto das exportações, as grandes notícias do ano foram a evolução das vendas para o Peru, o retorno do Iraque ao nosso mercado e os primeiros embarques ao México”, afirma Tiago Sarmento Barata, diretor do Sindicato das Indústrias do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS).
Gustavo Ludwig, gerente do Brazilian Rice, projeto de promoção comercial internacional desenvolvido por Abiarroz e Apex-Brasil, também reforça a importância das exportações para estes destinos. De acordo com Ludwig, a grande expectativa para 2020 é o México, para onde a cadeia brasileira de arroz beneficiado espera ampliar as vendas. É um mercado de 900 mil toneladas anuais, que tem nos Estados Unidos o maior fornecedor. No ano passado, o México liberou uma cota livre de taxas para importar até 150 mil toneladas de arroz do Brasil. No entanto, como a liberação só chegou em setembro, só houve tempo para embarcar 125 toneladas. Apesar da pressão contrária dos Estados Unidos, os mexicanos já informaram que vão renovar a liberação em mais 150 mil toneladas.
“O México será prioritário. Neste primeiro trimestre do ano, vamos ter duas ações naquele país: uma missão empresarial prospectiva em fevereiro, em parceria com a embaixada do Brasil e a Apex-Brasil, na Cidade do México; e a participação na Expo Andad México, em Guadalajara, no dia 31 de março, na qual teremos 10 indústrias brasileiras”, explica Ludwig. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, vai acompanhar a missão. “A maior parte das compras mexicanas são de arroz híbrido dos Estados Unidos, que não têm a qualidade do nosso “agulhinha”. Se tivermos preço e condições iguais para chegar nesse mercado, o fidelizaremos pela qualidade”, considera.
IMPORTAÇÕES
Das 1.012.486 toneladas importadas pelo mercado brasileiro de 19 países no ano civil de 2019 – janeiro a dezembro –, o Paraguai enviou 68,3%, ou 691.303 toneladas, seguido da Argentina com 162.813 e Uruguai com 145.231. Depois destes, exceto do Suriname e da Guiana, que abastecem mercados pontuais no Norte do Brasil, dos demais países são adquiridos grãos para nichos de mercado, como aromáticos, arbóreos e coloridos, sendo que a Itália se destaca com 6.722 e o Suriname com 3.530 toneladas.
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