Três é demais

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Mara Lopes: novas ferramentas para a orizicultura gaúcha

Novas cultivares de arroz do Irga serão lançadas oficialmente na Expointer
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A cada safra, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) amplia sua presença na lavoura gaúcha disponibilizando aos orizicultores tecnologias para a produção sustentável. Em 2013, três cultivares de arroz passaram a integrar o portfólio de materiais desenvolvidos pela instituição e que, muito em breve, chegarão aos produtores. São elas: Irga 429, Irga 430 e Irga 424 RI.

Uma amostra do bom desempenho dessas variedades, altamente produtivas e resistentes a pragas e doenças, pôde ser conferida na prática nas lavouras experimentais do Irga exibidas na Vitrine Tecnológica durante a 24ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, realizada em fevereiro deste ano no município de Mostardas (RS).

A pesquisadora e chefa da equipe de melhoramento genético do Irga, Mara Cristina Barbosa Lopes, informa que as novas cultivares serão lançadas oficialmente na Expointer 2014, de 30 de agosto a 7 de setembro, em Esteio (RS). A novidade, porém, só vai estar à disposição dos produtores na safra 2015/16. “Ao longo desta safra, estará sendo produzida a semente básica dos materiais e, na safra 2014/15, a semente certificada”, informa.

Características

A variedade Irga 429 pode ser cultivada no sistema pré-germinado e nos demais sistemas de preparo de solo convencional, cultivo mínimo e plantio direto. É de ciclo médio e tem colmos fortes, o que lhe confere boa resistência ao acamamento. É moderadamente resistente à brusone na folha e moderadamente suscetível à brusone da panícula e resistente à toxidez por ferro no solo. “Esta cultivar apresenta boa qualidade industrial e culinária dos grãos. Pode ser uma boa alternativa à Irga 424, de mesmo ciclo, por ter melhor qualidade dos grãos. Nos ensaios conduzidos em lavouras experimentais do Irga, foi obtida a média de produtividade de 10.243 quilos por hectare”, explica Mara Lopes.

Precoce

A Irga 430 é uma variedade que pode ser cultivada nos sistemas convencional, cultivo mínimo e plantio direto, com ampla adaptação nas diferentes regiões orizícolas do Rio Grande do Sul e boa produtividade, com média de 10.243 quilos por hectare. “Trata-se de uma cultivar de ciclo precoce, moderadamente resistente à brusone na folha e moderadamente suscetível à brusone da panícula, sendo também resistente à toxidez por ferro no solo. Tem boa qualidade industrial e culinária dos grãos”, observa a pesquisadora.

Já a cultivar Irga 424 RI é essencialmente derivada da Irga 424. Apresenta resistência aos herbicidas Only e Kifix, pertencentes ao grupo químico das imidazolinonas, sendo uma alternativa de manejo para o controle do arroz vermelho. “A Irga 424 RI é uma variedade de ciclo médio com alto potencial de produtividade dos grãos. Resistente à brusone na folha e na panícula, esta variedade é uma excelente alternativa de cultivo em áreas com histórico de ocorrência de arroz vermelho e incidência de brusone, evitando-se o uso de controle químico para esta doença. Assim como a Irga 429, esta cultivar também é resistente à toxidez por excesso de ferro no solo”, destaca Mara Lopes.

Com estas novas cultivares, o Irga amplia o leque de alternativas para os produtores gaúchos começarem o plantio com a garantia de saberem que resultados esperar ao fim da colheita.

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