Tudo de novo

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Nova colheita começa agora

Trimestre ficará entre normal e chuvoso. Preparo antecipado pode garantir o cultivo na melhor época
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O segundo trimestre de 2017, entre abril e junho, será comandado por um clima neutro, variando entre chuvas dentro e pouco acima da média, segundo os organismos de pesquisa climatológica. O risco de que esse movimento de final de fenômeno La Niña fraco para neutro evoluir para a ocorrência de um El Niño no segundo semestre ainda é considerado por institutos internacionais com base no fato de as águas do Atlântico Sul estarem mais quentes desde o final de 2016, trazendo umidade ao sul do Brasil. Porém, as temperaturas estão perdendo intensidade.

Para o Instituto Internacional de Pesquisa do Clima e Sociedade (IRI), dos Estados Unidos, a neutralidade será mantida até junho e, então, há probabilidade de 60% da ocorrência de El Niño, que traria chuvas acima da média – segundo histórico – ao Rio Grande do Sul na época de preparo final do solo e de semeadura. Porém, com o alerta, o instituto destaca que as projeções de outono são erráticas e podem não se confirmar.

O certo é que a manutenção das lavouras deve ser realizada o mais breve possível após a colheita, com limpeza e manutenção dos drenos, reforma de bueiros e reparos nas barragens e vertedouros, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

PREPARO
Também é importante que os agricultores aproveitem o clima favorável para primeiras ações que poderão garantir uma próxima colheita mais eficiente e produtiva. Elas envolvem aspectos importantes, tais como o preparo antecipado do solo, a fertilidade e o controle de plantas daninhas. A semeadura na época recomendada é a principal estratégia para se obter altos rendimentos na lavoura de arroz.

É na entressafra que o produtor deve manejar a área a ser cultivada para poder semear a lavoura do ano seguinte na hora certa. É hora, por exemplo, de destruir taipas para quem vai semear soja no próximo ano.
A palha deve ser incorporada ao solo o mais rápido possível para evitar a perda de nutrientes. Uma das práticas recomendadas pela pesquisa para o preparo antecipado do solo é o uso de rolo faca, equipamento eficiente e simples que não envolve grandes investimentos e deixa o solo praticamente pronto para receber a lavoura no ano seguinte. Então, é hora de fazer as obras de drenagem.

Uma prática tradicional na região arrozeira é o uso da resteva para pastejo do gado. Segundo o engenheiro agrônomo Rodrigo Schoenfeld, pesquisador do Irga, a integração lavoura-pecuária favorece o manejo antecipado. A recomendação é utilizar uma lotação alta por curto período de tempo incorporando a palha, fezes e urina dos animais no solo, o que favorece a ciclagem dos nutrientes, para entrar com pastagens de inverno. Ou entrar com grade e plaina, se for o caso.

FIQUE LIGADO
Quem vai realizar a gradagem e aplainamento também pode dessecar a soca, o que ajuda bastante na decomposição da palha, cujo excesso torna mais difícil a operação. O monitoramento integrado de plantas daninhas de difícil controle deve ser feito durante o outono e o inverno. Manter a cobertura do solo é uma recomendação importante e a pastagem tem sido a solução mais usada enquanto não há tecnologias que permitam a incorporação de culturas agrícolas de inverno nas terras baixas.

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