Último dia de Fórum com lançamento importante ao setor

 Último dia de Fórum com lançamento importante ao setor

Evento termina nesta sexta-feira

André Anele, coordenador do projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro falou sobre o lançamento da Brazilian Rice na Expoarroz 2013.

Por volta das 9h o auditório do Centro de Eventos de Pelotas novamente recebeu o público para mais uma temática do Fórum Internacional: o Arroz na Segurança Alimentar, evento simultâneo que acontece na Expoarroz 2013. O momento marcante do último dia dos painéis foi a apresentação do projeto de internacionalização do arroz que será chamada de Brazilian Rice e tem objetivo de aumentar a exportação e promoção dos produtos brasileiros.

O primeiro painel contou com palestra de Moema Nunes, diretora adjunta de Planejamento, Programas e Captação de Recursos da AGDI e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (UFRGS) e do engenheiro químico, José Roberto Delgado, diretor e fundado da Cerealle Indústria e Comércio de Cereais LTDA. Em questão, economia e consumo. Cada palestrante teve 25 minutos para sua apresentação. Os debates foram entre Cláudia da Costa, engenheira química, o diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e diretor do Sindicato das Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul, Marcos Oderich, o presidente da Cooperativa Arrozeira de Palmares, João Batista Camargo Gomes, o coordenador da Comissão da Produção Orgânica do RS (Mapa), José Cleber Dias de Souza e a engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maria Laura Mattos.

O segundo painel iniciou por volta das 11h com apresentações do prefeito e Rio Pardo (RS) Fernando Schwanke, da analista de inteligência do Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul (CIN) da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e responsável pela área de inteligência comercial internacional. Os debatedores foram Mário Pegorer, gerente comercial da Guacira Alimentos, Júlio Centeno, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado, do coordenador do Projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro, André Anele e de Onélio Pilecco, presidente da Pilecco Nobre Alimentos LTDA.

Schwanke é responsável pelo planejamento estratégico do projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro. Em sua apresentação, mostrou um mapa estratégico do setor orizícola e abordou benefícios e diferenciais do arroz brasileiro. Apresentando o Projeto de Internacionalização do Arroz, ele falou sobre a distribuição do produto e também comentou sobre os países-alvo. "Dentro deste projeto foram construídas várias ações. Na primeira fase, uma das bases de ação é capacitar indústrias e cooperativas para a internacionalização. Outra, o desenvolvimento da imagem setorial e empresarial", afirma. A fase dois são as ações de inteligência comercial: saber como o país para onde vai o arroz se comporta, quem e como são os compradores; adquirir informações sobre o local para onde será exportado o produto. A última fase são as ações de promoção comercial internacional. “Desta forma, as empresas que participam do Projeto de Internacionalização poderão levar suas marcas e sua qualidade. Essa é a marca do Brasil. O Brasil que hoje tem participação no mercado internacional. Hoje temos grandes chances de consolidação no mercado externo”, aponta Schwanke. A marca do arroz que será exportado já tem nome: Brazilian Rice.

As empresas inseridas no Projeto de Internacionalização do Arroz são: Irmãos Trevisan – Cachoeira do Sul/RS, Pirahy Alimentos – São Borja/RS, Nelson Wendedt – Pelotas/RS, Cooperativa Arrozeira Extemo Sul – Pelotas/RS, Engenheiro Coradini – Dom Pedrito/RS, Cooperativa Tritícola Sepeense – São Sepé/RS, Coradini Alimentos – Bagé/RS , Cooplantio – Eldorado do Sul/RS, Cooperativa Arrozeira Palmares – Palmares do Sul/RS, Arrozeira Pelotas – Pelotas/RS, Molinos Rice – Guaíba/RS, São João Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Guacira Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Picinin Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, Camil Alimentos – São Paulo/SP, Broto Legal Alimentos – Campinas/SP, Brasília Alimentos – Santa Cruz do Rio Pardo/SP, ATL Indústria e Comércio de Cereais – Nova Santa Rita/RS, Pilecco Nobre Alimentos – Alegrete/RS, Cooperativa Água Industrial – Rio Pardo/RS, Cooperativa Agroindustrial – Alegrete/RS, Zaeli Alimentos – Uruguaiana/RS, Expoente Corretora – Pelotas/RS, Felice Indústria de Arroz – São Pedro do Sul/RS.

André Anele, coordenador do projeto de Internacionalização do Arroz Brasileiro falou sobre o lançamento da Brazilian Rice na Expoarroz 2013. Segundo André Anele, a intenção do projeto de cunho nacional é promover o arroz e seus derivados, como farinhas e flakes, no comércio internacional. A ideia vai além de apenas comercializar o produto. “Haverá exportação, mas o foco é agregar valor ao produto arroz. Queremos valorizá-lo através de certificações, tecnologias, inovação de novos produtos a partir do arroz e que eles sejam vendidos no mercado internacional. Queremos destacar o Brasil como produtor de arroz e também de produtos derivados do arroz que tenham rastreabilidade, certificações nacionais e internacionais.”

Conforme explicou Anele, o projeto Brazilian Rice está mirando para o mercado internacional e identificando suas características e transmitindo estes dados até as empresas componentes do projeto, ajudando no desenvolvendo de cada uma. “Pedimos que as empresas aproveitem este auxílio para se qualificarem. Buscamos o que o mercado pede”, diz. Em seu ano de nascimento, 2013 será ano de capacitação e possivelmente de geração de empregos no projeto. O coordenador estima que cada empresa, entre os dois semestres, deve agregar de dois a três novos funcionários cada, já que há a necessidade de trabalhadores que se dediquem apenas à questão de exportação. A partir do próximo ano, a expectativa é de que a marca esteja no mercado. Nove países são foco de exportação do arroz brasileiro, dentro do projeto. Chile, Peru, Cuba, Espanha, Arábia Saudita, Jordânia, África do Sul, Angola e Nigéria.

A palestrante Marina comentou sobre os estudos de capacitações técnicas relacionadas à exportação. Entre as abordagens estão o estudo sobre fluxo de comércio, estrutura e evolução dos mercados mundiais e barreiras tarifárias dos mercados-alvo, consumo de alimentos, análise de concorrência e listagem de contatos de potenciais importadores. “A produção e o consumo de arroz vêm crescendo. Vemos que essa produção dobrou nos últimos 50 anos. Há muito mais arroz no mundo, por isso a busca das empresas no mercado externo”, aponta.

Ainda neste painel, Marcos Oderich, diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul – FIERGS – e diretor do Sindicato das Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul falou sobre questões de mercado. Assim como o gerente comercial da Guacira Alimentos, Mário Pegorer: “neste momento conjuntural, o arroz brasileiro não é competitivo, mas vale a experiência. O projeto e internacionalização é um ideal que nasce e que deve ser cuidado com muita atenção”.

Encerrando o debate deste painel, o pesquisador Júlio Centeno fez algumas observações sobre a internacionalização do arroz brasileiro. “‘Não basta entrar no mercado, é preciso garantir o mercado. O arroz que vai para fora é o que eles querem. Temos que nos adaptar.” E acrescentou: “temos a qualidade ambiental na produção do arroz em nosso favor. Nossa lavoura de arroz é uma das mais bem equilibradas do meio ambiente. Não temos trabalho escravo e não temos trabalho infantil”.

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