Uruguai confirma venda de 60 mil toneladas ao México

País vizinho comemora venda de dois navios, com 30 mil toneladas cada um, ao mercado reaberto na América do Norte.

Enquanto lutam para encontrar soluções ao endividamento e o alto custo de produção, para o qual a importação de diesel pode ser uma ajuda importante, os arrozeiros uruguaios estão comemorando a venda de 60 mil toneladas de arroz para o México, desde que o país da América do Norte retomou as transações. Os mexicanos haviam suspendido a importação de arroz uruguaio em setembro do ano passado, diante da constatação de uma contaminação por praga num contêiner de carga de arroz branco enviado pela indústria uruguaia.

Como a praga quarentenária não é típica do Mercosul, acredita-se que o inseto estava no contêiner antes de ser carregado no Uruguai.

Em que pese o fato do país mercosulino dar preferência às exportações de arroz branco, pelo valor agregado, a exportação de matéria-prima tem sido recorrente nos últimos anos em função dos excedentes e das oportunidades de mercado.

As Américas têm apresentado maior interesse na compra de grão em casca para movimentar suas indústrias. Além destes navios, há várias outras compras ocorrendo em contêineres. A indústria uruguaia tem trabalhado para garantir a abertura de novos mercados e mira a região da Escandinávia como um potencial comprador do grão, após a sinalização de um acordo. O Brasil exportou 60 mil toneladas de arroz em casca para o México, com um navio partindo em três de maio e outro com previsão para a próxima semana. Além disso, os mexicanos têm recorrido à compra de arroz branco, em menor escala, da indústria brasileira.

Pela soma, Brasil e Uruguai devem fechar o bimestre abril/maio com mais de 130 mil toneladas encaminhadas ao México e com encomendas já previstas para junho e julho. As empresas da América do Norte têm buscado confirmar as compras de acordo com a necessidade pontual, sem anunciar um total a ser adquirido.

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