USDA atualiza estimativa para nova safra argentina em 1,275 milhão de toneladas

 USDA atualiza estimativa para nova safra argentina em 1,275 milhão de toneladas

Foto: Divulgação

(Por AgroDados/Planeta Arroz) O USDA atualizou nesta segunda-feira no seu boletim da Rede Global de Informação Agrícola (GAIN, na sigla em inglês) a projeção para a produção de arroz na Argentina para o ano comercial 2021/22, agora estimada em 845.000 toneladas métricas, base beneficiado, próximo ao nível anteriormente oficializado, mas com uma área de 5.000 hectares inferior e, portanto, um rendimento médio superior. O volume, portanto, em base casca, chegaria a 1,275 milhão de toneladas de arroz.

As condições de mercado, com bons retornos projetados para os produtores, podem resultar em uma área total plantada de 200.000 -205.000 hectares, mas o baixo nível do Rio Paraná, que deve atingir níveis recordes nos próximos meses, pode impedir alguns plantios ou causar o abandono de algumas áreas. Os produtores de arroz tentarão semear o máximo de área possível, mas terão que adaptar seus sistemas de irrigação ao escasso abastecimento de água.

O nível do Rio Paraná tem influência direta nas áreas de produção de arroz do Rio San Javier na Província de Santa Fé, do Rio Corrientes na Província de Corrientes e do Rio Guayquiraro na Província de Entre Rios. Espera-se que o resto da área de arroz do país se expanda um pouco, já que os reservatórios em Corrientes estão em boas condições e os produtores em Entre Rios irrigam principalmente com água subterrânea.

Antecipação de bons retornos no ano comercial 2021/22, após vários anos de preços baixos do arroz e retornos muito ajustados, irá encorajar um maior uso de insumos no nível da fazenda, o que poderia resultar em melhores rendimentos do que em muitos anos.

Imagem: GAIN/FAS/USDA

O ano comercial 2020/21 viu rendimentos recordes de 7,46 toneladas por hectare. Por causa disso, o USDA aumenta a estimativa de produção da temporada para 897.000 toneladas métricas, base beneficiado, 91.000 toneladas métricas a mais do que os números anteriores. Os agrônomos locais atribuem esses rendimentos mais altos do que o normal às excelentes condições climáticas experimentadas em toda a região, com dias quentes e ensolarados e noites mais frias. Além de altos rendimentos, a qualidade do grão tem sido geralmente boa, com uma porcentagem de arroz quebrado abaixo do normal.

As exportações no ciclo 2021/22 são projetadas em 390.000 toneladas métricas, 50.000 toneladas métricas acima da expectativa do USDA, com base na produção projetada e suprimentos exportáveis. Os volumes de estoque de passagem estão previstos em níveis muito baixos. As exportações de arroz em 2020/21 estão estimadas em 430.000 toneladas métricas, base beneficiado, 100.000 toneladas acima da estimativa anterior do USDA, já que a produção foi significativamente maior do que a previsão inicial.

Quase metade desse volume já está comprometido com a declaração de licença de exportação. Até o momento, os principais destinos são Cuba, Espanha, Chile e Brasil. Espera-se que o restante seja vendido durante o resto da campanha de comercialização, mas há alguma incerteza sobre os destinos devido ao alto custo atual do frete. Muito provavelmente Chile, Espanha e Brasil continuarão sendo mercados importantes.

O baixo nível do Rio Paraná não afetaria a logística e as exportações de arroz, já que os embarques são normalmente carregados em portos localizados rio abaixo, que apresentam níveis de água mais elevados.

Corretores e indústrias indicam que os estoques iniciais na temporada 2020/21 (1º de abril de 2021) eram de cerca de 15.000 (22,5 mil em base casca) a 20.000 (30 mil base casca) toneladas métricas de arroz beneficiado. Na verdade, algumas indústrias ficaram sem estoques em dezembro de 2020 devido à combinação de forte consumo interno e maiores exportações para o Brasil na última parte de 2020.

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