Variedade turbinada

 Variedade turbinada

Portfólio: depois da Irga 431, novas cultivares devem ser lançadas comercialmente

Apresentada em fevereiro,
Irga 431 CL chega em 2019 às lavouras gaúchas.

 Se a variedade Irga 424, em suas versões convencional e RI, tem sido o alvo da discórdia entre a indústria, que alega problemas de qualidade no grão, e os produtores, que têm nestas cultivares um ótimo desempenho agronômico, resistência a brusone e muita produtividade, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) apresentará uma alternativa durante a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, de 21 a 23 de fevereiro em Cachoeirinha (RS). Trata-se da variedade Irga 431 CL, cujo lançamento oficial deverá acontecer somente na Expointer, em agosto. Na estação experimental do arroz, algumas parcelas já poderão ser vistas na abertura da safra.

Segundo o pesquisador Oneides Avozani, que integra a equipe de melhoramento genético do arroz do Irga, a variedade tende a ter as qualidades agronômicas da Irga 424, porém com melhor qualidade de grão. “É uma variedade com melhor padrão industrial, mas potencial de produtividade muito próximo ao da referência, que é a Irga 424, de acordo com os diversos ensaios realizados. O padrão de lavoura é muito bom”, destaca.

O diretor técnico do instituto, Maurício Fischer, enfatiza que a variedade tem um ciclo de cinco a sete dias mais curto que a Irga 424, o que facilita o manejo da cultura e flexibiliza as janelas de plantio e colheita. “Também é resistente a doenças fúngicas como a brusone e tolera muito bem a toxidez por ferro”, revela Fischer.

“A Irga 424, bem conduzida, consegue altos rendimentos na indústria, mas se tiver problemas por causa dos estresses climáticos e atrasos no manejo, no ciclo e no plantio, os resultados podem não ser os esperados. E a indústria tem penalizado a variedade. A Irga 431 CL não vai ter esse problema e deverá confirmar ótima produtividade e rusticidade no campo”, acrescenta o diretor técnico do Irga.

Na próxima temporada (2018/19) e no ciclo de inverno com cultivos no norte do Brasil, a semente genética será colocada em produção junto aos sementeiros. “É um material para estar disponível à lavoura comercial na temporada 2019/20”, antecipa Oneides Avozani. Então, é esperar para ver.

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