Ventos do Sul

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Estiagem em outubro
pode alterar previsão
de boa safra em SC
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A safra 2018/19 encerrou com uma redução de 2,51% na área plantada de arroz irrigado em Santa Catarina, segundo levantamento da economista Gláucia Padrão, do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Apesar da ocorrência de chuvas excessivas nas regiões produtoras, o que acabou atrasando a evolução da colheita, ela se encerrou no final do mês de maio. O resultado foi uma área plantada de 143,4 mil hectares, produção de 1,104 milhões de toneladas (base casca) e produtividade média de 7,7 toneladas por hectare.

A intenção de plantio da safra 2019/20 apontou para uma leve redução da área plantada (- 0,3%), que deverá totalizar 143,04 mil hectares, 400 hectares a menos que a temporada anterior. Mas, segundo Gláucia, a baixa produtividade obtida na safra 2018/19 em razão do excesso de calor ocorrido no período de floração deverá ser superada na safra 2019/20, com 8.077 quilos por hectare, cerca de 4,9% maior.

“Entretanto, o período prolongado de estiagem em outubro afetou a evolução do plantio do grão em algumas microrregiões, causando atrasos que poderão implicar no resultado do rendimento por área. Na média, a semeadura está ocorrendo 2% mais tarde do que no ano passado, até o final de outubro”, explica a especialista. As regiões mais afetadas são a sul e a norte.

CLIMA

Na região sul, a ausência de chuvas regulares está gerando dificuldades em função dos baixos níveis dos rios, fator determinante para a irrigação e o avanço do plantio nesta cultura. Na região norte, o maior problema tem sido a baixa luminosidade, que posterga o ciclo produtivo e resulta em atrasos até mesmo na aplicação de nutrientes.

No entanto, para Gláucia Padrão, ainda é cedo para dizer o quanto este clima inicial irá afetar a produtividade: “Se as condições climáticas se normalizarem, a cultura rapidamente se recupera”, avisa. A produção estimada para Santa Catarina deve abastecer a indústria do estado em cerca de 76%, devendo os 24% restantes serem adquiridos no Rio Grande do Sul e nos demais países do Mercosul.

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