Workshop reúne mais de 60 pessoas em Avaré

 Workshop reúne mais de 60 pessoas em Avaré

Produtores e técnicos buscaram mais informações sobre o programa

Evento discutiu os avanços do Programa Arroz Paulista com Qualidade desenvolvido pela CATI em parceria com agricultores e agroindústrias.

Na terça-feira, 8, a CATI promoveu no Núcleo de Produção de Sementes de Avaré – NPS/DSMM/CATI, o Workshop Arroz Paulista com Qualidade – Ação Governamental para avaliar os resultados e debater novas perspectivas do programa com os rizicultores, agroindústria e técnicos da CATI e de outras instituições de pesquisa.

Na abertura do evento Armando Azevedo Portas, diretor do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes – DSMM/CATI destacou a importância do resgate da cultura do arroz para o Estado de São Paulo, falou dos avanços obtidos com o programa e agradeceu a confiança que os agricultores e as empresas parceiras depositaram na iniciativa da CATI. Armando enfatizou ainda o incansável trabalho da CATI em disponibilizar variedades de arroz de interesse do produtor, das indústrias e do consumidor paulista e brasileiro.

Segundo o engenheiro agrônomo Vilson de Vechi, diretor do Núcleo de Produção de Sementes de Avaré – NSP/DSMM/CATI, um dos organizadores do evento juntamente com o agrônomo Rubens Iamanaka, o workshop foi muito produtivo e contou com mais de sessenta pessoas, na grande maioria rizicultores e alguns técnicos de diversas regiões do Estado de São Paulo, com destaque para o Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Vale do Paranapanema e agricultores do Mato Grosso.

Ao final, uma mesa redonda entre os participantes discutiu os pontos positivos e vantagens de adesão ao programa, novas variedades de sementes de arroz, resultados de ensaios, aspectos do mercado, custos de produção, produtividade a campo, beneficiamento e os gargalos da cadeia produtiva.

PESQUISAS – De Vechi explicou que pretende realizar, ainda em 2010, ensaios com duas épocas de plantio (set/out e nov/dez), utilizando aproximadamente vinte materiais genéticos tanto irrigado como de sequeiro (de terras altas), que serão plantados sob pivot central. "Estes resultados, com certeza, serão muito interessantes", diz o diretor do NPS Avaré..

OPINIÃO DOS PARTICIPANTES

"A experiência que fizemos no ano passado, a maior parte com a semente IAC 202, que é um arroz que rende muito e é uma variedade que supre todas as expectativas do produtor e da indústria. Acho que não podemos mais abandonar este caminho. Esta parceria produtor, indústria e CATI já provou que deu certo. Agora temos de fazer as correções e continuar firmes nessa parceria", apontou Lázaro Moreto, diretor da Broto Legal Alimentos, de Campinas (SP).

Para o pesquisador de arroz do Instituto Agronômico do Paraná, o IAPAR, de Londrina/PR, engenheiro agrônomo Luiz Colasante, que ficou sabendo do Programa "Arroz Paulista com Qualidade", através do Globo Rural e de um amigo pesquisador de feijão, o que chama mais a atenção no programa é o foco no arroz para o mercado consumidor, ou seja, quando se fala em qualidade, está se falando do arroz que o consumidor costuma comprar no supermercado. "Então, se o produtor não oferece um produto de qualidade, dificilmente ele não alcança bom preço e a colocação do produto no mercado. Isso visa, justamente, uma rentabilidade econômica dos produtores", destaca Colasante.

Simon Veldt, presidente da Cooperativa Agroindustrial Holambra, em Paranapanema/SP, que tem 10 cooperados no Programa há um ano, aponta que foi uma boa experiência, pois a cooperativa estava procurando outra opinião para agricultura irrigada em pivot e o arroz preencheu esta lacuna. "Graças este trabalho em conjunto da indústria com a CATI e os produtores conseguimos bons resultados". Simon explicou que os cooperados trabalharam com o IAC 202, que teve produtividade entre 5 e 6 mil quilos por hectare, que é uma produtividade boa para pivot.

O rizicultor Ademar Ligabo, presidente da Associação Rural de Canas – ARC, pequena cidade do Vale do Paraíba, onde há mais de 100 anos se planta arroz, salientou a garantia de compra proporcionada pela parceria com a indústria e a CATI. "Tem bastante propriedades que usam sementes da CATI, ou seja, o IAC 105 e 106. Tem ainda as variedades de arroz nobre, arroz preto, arbóreo, que vai ser uma boa para os produtores", relata Ligabo.

"A vantagem de você atrelar a produção à venda, a uma firma idônea, é uma grande coisa. Temos muitos compradores de arroz e o preço é em torno de 20% inferior ao da daqui. Então, temos de ajustar esses preços", avaliou Otávio Henrique de Freitas Carvalho, rizicultor paulista radicado em Água Boa, região do Vale do Araguaia, no Mato Grosso. Otávio participou do workshop com objetivo de reciclar conhecimentos. Ele pretende plantar 200 hectares de arroz no próximo ano e destacou que trabalhou o ano passado com as cultivares Sertaneja e Cambará, obtendo bons resultados.

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