Pesquisa argentina conclui que herbicida permanece dois meses no solo arrozeiro

 Pesquisa argentina conclui que herbicida permanece dois meses no solo arrozeiro

(Por El Litoral) Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Tecnologia Ambiental da Universidade Nacional do Nordeste (Unne) da Argentina, publicou recentemente na revista científica Chimestry Research Journal os resultados de um trabalho de pesquisa de acordo com o crescente interesse pelos poluentes emergentes.

As tarefas de pesquisa foram lideradas pela Dra. Nelly Jorge.

A equipe monitorou um herbicida amplamente utilizado nas lavouras de arroz em diferentes áreas da província de Corrientes, o ácido 2-metil-4-clorofenoxiacético (Mcpa). A persistência máxima do herbicida no solo é de dois meses.

Os resultados da pesquisa publicada no Chimestry Research Journal mostram que o Mcpa é fortemente adsorvido ao solo. O solo apresentou rápida sorção de Mcpa e uma capacidade teórica de sorção de cerca de 1,3 g Mcpa/g sorvente (superfície ativa). O conceito de sorção é bom para trazer nesta circunstância e trata-se de “a incorporação de uma substância em um estado em outro de um estado diferente”.

No caso do agrotóxico, suas moléculas podem ser adsorvidas ou retidas por colóides presentes no solo, argila e matéria orgânica. No entanto, a adsorção de Mcpa está relatando que o solo retém grande parte do herbicida e ali é degradado pela ação da atividade microbiana. Os resultados também mostraram que a sorção do herbicida pelo solo, sugere a não contaminação das águas subterrâneas.

Os solos utilizados no estudo são provenientes do local próximo à área de plantio do arroz Mercedes e são do tipo Argiacuol (argila fina). As coletas foram realizadas no inverno de 2016 em diferentes profundidades para diferenciar as áreas afetadas pelo trabalho de solo.

Dra. Jorge deixa o caminho aberto para investigar o efeito do uso de outros poluentes, sejam eles herbicidas ou drogas. “A questão imediata é saber quais os riscos que corremos ao usar água processada que ainda mantém certa porcentagem de contaminação e qual o papel da agricultura e da pecuária como fontes de contaminação difusa de agrotóxicos e antibióticos, respectivamente”, indicou.

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