Exportações podem travar preços do arroz

Tema e safra recorde dominaram reunião da Câmara Setorial do Arroz ontem.

O anúncio da safra recorde de arroz no Rio Grande do Sul – 6,323 milhões de toneladas, segundo o Instituto Riograndens do Arroz (Irga) – dominou o debate na reunião da câmara setorial do grão, ontem, na Fenarroz, em Cachoeira do Sul.

Ao contrário do que ocorria em anos de boas safras – depressão nos preços – desta vez o valor cobrado pela saca de 50 quilos (R$ 34,00) se manteve estável porque o setor está procurando alternativas para colocação da boa colheita.

Para o presidente do Irga, Pery Coelho, o mercado reagiu bem porque já sabia que a safra seria superior a 6 milhões de toneladas. Inclusive, esse volume serve para compensar perdas como em Mato Grosso (400 mil toneladas) e em Santa Catarina, onde o ciclone que atingiu o estado na época da colheita causou prejuízos.

A demanda por arroz no Brasil é de 1,26 milhão de toneladas (o Rio Grande do Sul colheu mais da metade), enquanto a produção foi de 1,2 milhão de toneladas e as exportações dos vizinhos do Mercosul chegou a 600 mil toneladas.

– Há ainda a demanda lá fora e toda a cadeia produtiva passará a trabalhar mercados como os do Oriente Médio e do Peru – diz Coelho.

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