Pacto pela exportação

Motivados pelo recorde de exportação já obtido, Indústria, produtores e entidades setoriais gaúchos, com apoio do governo federal buscam mecanismos para favorecer a exportação.

As indústrias gaúchas de arroz, produtores e governo federal estão fechando um pacto para a exportação do produto beneficiado, parboilizado, em casca e quebrado. Na noite desta segunda-feira, o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que também é um dos dirigentes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), esteve reunido com indústrias da Depressão Central gaúcha em Cachoeira do Sul.

Depois de um encontro com a indústria, Heinze conversou com cerca de 60 dirigentes arrozeiros da região e técnicos. O foco do encontro, segundo Heinze foi explicar aos produtores e industriais o funcionamento do AGF – com mais R$ 45 milhões liberados até a próxima semana – e o mecanismo dos contratos privados de opção – aproximadamente mais R$ 5 milhões. Segundo Heinze, apesar do governo brasileiro negar-se a subsidiar as exportações, está sinalizando com a redução da burocracia e dos custos operacionais.

Exportação – Para a indústria, Heinze explicou que o grande objetivo dos contratos de opção privados e de um segundo aporte de recursos para o setor previsto para outubro, é favorecer a exportação de arroz.

– Mesmo com algum sacrifício é importante que o setor realize um esforço para exportar, pois só temos duas saídas para a crise provocada pelos excedentes: consumo e/ou exportação – avisou.

Segundo Heinze, a indústria gaúcha vem dando exemplo com a exportação de aproximadamente 250 mil toneladas de arroz – base casca – mas ainda é preciso fazer mais até a próxima safra. Ele afirma que nos próximos dias deve partir uma carga de quase 30 mil toneladas – base casca – de arroz parboilizado e que estão muito evoluídas negociações para exportar arroz em casca com cargas regulares até o final do ano. O volume, segundo informações extra-oficiais, seria de 75 mil a 100 mil toneladas a partir de outubro.

– Há um esforço para pagar os R$ 20,00 de preço mínimo ao produtor. Tanto nos contratos de opção privados quanto nesta exportação direta de produtores – frisou.

O gerente comercial da empresa Irmãos Trevisan, Gustavo Trevisan, deixou a reunião satisfeito com a mobilização. Segundo ele, apesar do câmbio desfavorável, se o Brasil encontrar comprador e preços compatíveis – e mesmo com algum sacrifício – as empresas e os produtores estão dispostos a vender.

– Já estamos exportando quebrados com sucesso e, a partir desta condição de auto-suficiência na produção de arroz que o Brasil alcançou, é importante que marque sua posição de exportador e conquiste uma fatia maior do mercado internacional também exportando em volumes significativos arroz beneficiado e em casca.

Gustavo Trevisan lembrou que apesar do mercado mundial ser bastante restrito, na faixa de 25 milhões de toneladas, e tratar-se de um dos mais subsidiados setores no mundo, o Brasil precisa encontrar mecanismos e vantagens competitivas para reduzir a pressão no mercado interno e buscar resultados na venda externa do produto.

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