EUA investiga se Brasil tem subsídio ao arroz

Telefonemas de supostos representantes do governo norte-americano inquietaram agentes de mercado esta semana.

Consultores e agentes do mercado de arroz do Rio Grande do Sul receberam inusitados telefonemas de pedidos de informações, esta semana, de pessoas que se apresentaram como funcionários do governo norte-americano em busca de informações sobre uma possível concessão de subsídios, pelo governo brasileiro, para a exportação de arroz.

Consultores, corretores e até mesmo algumas indústrias foram contatadas por estas pessoas. O principal objetivo dos telefonemas é saber se as indústrias do Rio Grande do Sul estão usando o Prêmio de Escoamento de Produção para exportar arroz. Não há confirmação desta prática e, segundo a Conab, o prêmio prevê o escoamento do produto para o Nordeste do Brasil.

A suposta investigação norte-americana, porém, tem outro alvo. Recentemente o Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) entregou documentação ao Ministério das Relações Exteriores para solicitar o início de uma negociação bilateral com os norte-americanos na OMC com o objetivo de contestar os pesados subsídios dos EUA à exportação de arroz.

Os subsídios norte-americanos provocam sérias distorções no mercado internacional, principalmente nas Américas, no Caribe, na África e no Oriente Médio.

Como o Mercosul tem excedentes produtivos, é o maior prejudicado nestas regiões do planeta. Como já fez com o Uruguai, os Estados Unidos estariam estabelecendo uma estratégia de pressão ao Brasil para chegar com alguma vantagem a uma possível negociação na OMC.

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