Arroz brasileiro é o mais caro do Mercosul

O tema será discutido, na próxima semana, em Santa Maria (RS), quando acontecerá o 1º Encontro de Cidades Integradas do Mercosul promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) entre os dias 25 e 30 de novembro.

Enquanto o Brasil precisa de R$ 27 para produzir uma saca de arroz de 50 quilos, os países do Mercosul, especialmente o Uruguai e a Argentina, fazem o mesmo com R$ 20,41. São grandes as assimetrias fiscais entre o Brasil e os maiores produtores rurais da América do Sul. Este cenário compromete a competitividade do produto nacional. O tema será discutido, na próxima semana, em Santa Maria (RS), quando acontecerá o 1º Encontro de Cidades Integradas do Mercosul promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) entre os dias 25 e 30 de novembro.

De acordo com o diretor técnico da Federarroz, Luiz Carlos Chemale, algumas soluções devem ser implementadas no país e cita, como exemplo, a possibilidade de que o Brasil adquira os agroquímicos dos países vizinhos, uma vez que Argentina e Uruguai compram herbicidas e outros insumos no mercado internacional por preços até 60% mais barato que o produtor brasileiro.

Outro agravante para o produtor brasileiro está no fato de que os arrozeiros uruguaios e argentinos também compram máquinas e equipamentos com vantagens de mais de 40% no preço. E esse maquinário é de origem brasileira. Chemale, que será palestrante no dia 29, explica que, “na Argentina e no Uruguai, existem subsídios para algumas culturas, os quais não temos aqui e o arroz é uma delas”.

O diretor da Federarroz, lembra que a disparidade econômica vem em discussão, desde julho, na Subcomissão de Endividamento, da Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados, em Brasília, e já levou à elaboração de um anteprojeto de lei que prevê 30 anos para o pagamento da dívida dos produtores rurais. Ele espera que o anteprojeto seja votado ainda este ano.

A mudança fiscal na legislação relacionada à carga tributária é solução para equilibrar a disparidade que acarreta desvantagem ao produtor brasileiro.

Em 2008, o Brasil deve colher quase 12 milhões de toneladas de arroz segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão supera em quase 7% o resultado deste ano para o produto que ao lado do milho e da soja está entre os principais valores da safra brasileira.

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