Conab investe pesado para modernizar armazéns

O plano prevê substituição de equipamentos e melhorias estruturais nas 30 principais unidades armazenadoras da companhia, especialmente as destinadas a grãos.

Com a entrada em vigor, em dezembro deste ano, da exigência de certificação de armazéns para estocagem de produtos agrícolas e com um déficit calculado em 9 milhões de toneladas na estrutura armazenadora do país, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que irá modernizar armazéns e ampliar sua capacidade de estocagem. Para que isso aconteça, serão investidos R$ 83 milhões até o final de 2010.

O plano prevê substituição de equipamentos e melhorias estruturais nas 30 principais unidades armazenadoras da companhia, especialmente as destinadas a grãos. Nesta conta, estão incluídos três armazéns frigoríficos da região Sul, dois deles no Rio Grande do Sul. As unidades de Porto Alegre e Canoas, com capacidade total de 14,4 mil toneladas de carnes, receberão aporte aproximado de R$ 5 milhões até o próximo ano.

Segundo o diretor de Gestão de Estoques da Conab, Rogério Colombini, desde sua criação, em 1990, este é o primeiro investimento de porte na companhia. Parte dos recursos que será aplicada virá do caixa do governo federal, mas fatia significativa sairá da venda de imóveis da CONAB pelo país, uma cifra que se aproxima de R$ 50 milhões, calcula Colombini.

– Estes investimentos irão qualificar a armazenagem brasileira como determina a lei e também atender às exigências internacionais dos importadores.

Conforme ele, a principal obra será a conclusão da construção de um silo em Uberlândia (MG), paralisada desde 1994, e que será retomada em junho. Com isso, a capacidade local será ampliada para 350 mil toneladas. O investimento previsto é de R$ 38 milhões nos próximos dois anos.

A Conab ainda pretende construir cinco silos metálicos graneleiros com capacidade de até 50 mil toneladas cada. A localização das estruturas ainda está sendo avaliada e irá considerar possibilidades de expansão de fronteira agrícola. Neste contexto, as regiões Centro-Sul, onde está ocorrendo uma recuperação de terras degradadas que necessitam de baixo investimento para retomada de produção, e Nordeste, com a crescente demanda por alimentos, seriam apostas promissoras, indica o diretor.

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