Minas quer PREÇO
Indústria de MG quer que o RS segure as vendas
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Produtores e a indústria de beneficiamento que está concentrada no pólo de Uberlândia, em Minas Gerais, querem que os orizicultores do Rio Grande do Sul reduzam a oferta de arroz ao mercado brasileiro como forma de recuperar os preços. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Arroz de Minas Gerais, Jorge Tadeu Meireles, a crise de preços no setor interferiu significativamente na safra 2005/2006.
Dados da Conab indicam uma redução de 17% na área plantada em Minas, passando de 111,4 mil hectares para 92,5 mil hectares. Houve também queda de produção (20,1%) e de produtividade (3,8%). A Conab indica que a produção fechou em 204,6 mil toneladas. Para o Sindarroz-MG, no entanto, a queda é maior. A estimativa do setor é de que a área plantada caiu para 80 mil hectares e a produção ficará abaixo das 200 mil toneladas.
A área de arroz irrigado por pivô, no pólo de Paracatu, foi drasticamente reduzida. Caiu de 22 mil hectares para apenas 14 mil hectares. Nessas regiões predominam as variedades Primavera, Bonanza, Curinga e Colosso. “A falta de recursos fez com que muitos produtores usassem baixa tecnologia. Isso acarretou perdas de produtividade”, afirmou Meireles.
CONCORRÊNCIA – Segundo Jorge Tadeu Meireles, a indústria mineira está com pouca matéria-prima e precisando se abastecer no Sul. Mesmo com o ICMS do produto zerado, enfrenta o problema da concorrência. Enquanto um saco de arroz irrigado de 60 quilos valia R$ 25,00 (FOB Paracatu), o produto do Sul chegava a R$ 120,00 a tonelada em Uberlândia, mas por causa do alto valor do frete e a falta de caminhões para transportar. “O normal é R$ 95,00”, frisou.
TECNOLOGIA – Ainda assim, a cadeia produtiva do arroz de Minas Gerais não desanima e segue investindo em tecnologia. O Governo do Estado, o Sindarroz-MG e a Epamig estão trabalhando num programa de incentivo à produção de arroz para a próxima safra, otimizando as tecnologias disponíveis e a transferência de tecnologias para a lavoura.
Falou & disse
“O que falta ao arroz é preço. Precisamos que o Governo entre agora fazendo AGFs, que não deixe o câmbio despencar, crie parâmetros para ingresso do arroz do Mercosul, incentive investimentos em armazenagem e reduza o custo Brasil”. Jorge Tadeu Meireles, presidente do Sindarroz-MG