Via satélite
Um estudo iniciado em novembro passado vai respaldar, com o uso de imagens por satélite, o real tamanho das áreas de cultivo de produtos agrícolas no Brasil. A experiência já começou com as lavouras de arroz do Rio Grande do Sul e os resultados serão apresentados em março pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com essa ferramenta as informações coletadas sobre a safra de grãos serão mais exatas. Há quem aposte em surpresas.
Investimento
O Engenho Coradini vai investir R$ 26 milhões na ampliação da unidade industrial de Dom Pedrito. A nova planta processará a parboilização do arroz, utilizando a tecnologia “gariboldi”, importada da Itália. Serão criados 21 postos de trabalho. Os recursos serão financiados pelo Fundopem, do governo gaúcho, e a empresa terá ainda o incentivo do Integrar/RS. O arroz parboilizado corresponde atualmente a praticamente 30% do mercado brasileiro.
Crioulo
A Epagri de Bandeirante (SC) implantou unidades demonstrativas de arroz crioulo nas propriedades de rizicultores familiares desse município. Foram semeadas 18 variedades com o objetivo de resgatar as sementes crioulas e incentivar o uso, conservação e manejo da agrobiodiversidade, focando a segurança alimentar das famílias rurais através do fomento à produção de alimentos saudáveis para o autoconsumo. Serão observados e avaliados aspectos agronômicos e gastronômicos da produção.
Planeta
Durante o lançamento da 21ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, dia 27 de janeiro, no restaurante da Farsul, a revista Planeta Arroz reafirmou sua importância e parceria com a cadeia produtiva do arroz. Algumas das principais autoridades presentes se reuniram para marcar, em uma foto, a presença da revista nesse importante evento. No ano em que completa seu 10º aniversário em permanente contato com o produtor, muitas novidades vêm por aí. Na foto, da esquerda para a direita: Cláudio Pereira, presidente do Irga, Cezar Augusto Gazzaneo, secretário executivo do Sindarroz-RS, Renato Rocha, presidente da Federarroz, o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e Valdir Brito, da Planeta Arroz.
Internacional
O engenheiro químico Gilberto Wageck Amato, da Cientec/RS, será um dos palestrantes do 6º Encontro Internacional do Arroz, em Cuba, no próximo mês de junho. Um dos maiores conhecedores das tecnologias de parboilização do arroz em todo o mundo, o cientista falará sobre as qualidades e os processos do arroz parboilizado brasileiro. Antes disso, Amato palestrará sobre as tendências do mercado de exportação deste e de outros tipos de arroz do Mercosul, no Rice Trade Outlook 2011, de 28 a 30 de maio, em Madri, na Espanha.
Vertedouro
Esperado há 40 anos pelos produtores de arroz de Cachoeira do Sul, o vertedouro da Barragem do Capané, do Irga, começou a ganhar forma. Com investimentos de R$ 1,2 milhão, a nova estrutura canalizará a água quando o nível atingir a uma altura predeterminada. A obra será concluída até o inverno. A Barragem do Capané está entre as cinco maiores do Rio Grande do Sul e irriga seis mil hectares de lavouras. Sem o vertedouro, em época de chuvas a barragem despontava por sobre uma estrada municipal, alagando áreas particulares e públicas, abrindo crateras e inviabilizando a passagem inclusive do transporte escolar rural.
Política x arroz
O tempo mostra que alguns posicionamentos são necessários e estratégicos para o setor produtivo. É o caso da Federarroz, que evitou comprar a briga de setores arrozeiros quando o governador Tarso Genro destituiu diretores e o presidente do Irga nomeados pela governadora anterior. Em meio a uma crise de preços e custos sem precedentes, a Federarroz entendeu que há instâncias para tratar do debate e que a ela, embora cada um de seus dirigentes tenha suas opiniões pessoais, cabe representar as demandas do setor e construir uma política que retorne na forma de renda à lavoura. O resultado foi que o governador Tarso Genro não só assinou embaixo todas as demandas do setor como tornou-se o interlocutor do governo federal em nome dos arrozeiros gaúchos. E com bons resultados. A questão do Irga será tratada nas instâncias devidas e por quem de direito.
Arroz x política
Por falar no assunto, os três diretores demitidos do Irga (que estavam em pleno exercício do mandato conferido pelo conselho da autarquia e o governo anterior) ingressam na Justiça para que sejam reconduzidos. Dois deles já poderiam ter voltado, pois gozam da simpatia dos atuais dirigentes políticos do Estado e numa negociação com o setor o tema evoluiu. Mas questões político-partidárias e ideológicas tornaram inegociável a volta dos três, segundo posição do governo. Algo parecido aconteceu no governo Olívio Dutra. Naquela oportunidade os diretores voltaram por decisão judicial.