Eventos climáticos extremos acendem sinal de alerta no Governo
Atento, Ministério da Agricultura busca minimizar efeitos negativos nas lavouras brasileiras .
O aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos no País elevou o patamar do debate sobre como minimizar esses impactos sobre a produção agrícola e pecuária brasileira. Atento a isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), criou o Grupo de Trabalho para monitorar as adversidades climáticas e fornecer informações antecipadas aos agentes do agronegócio brasileiro.
“Vamos subsidiar as decisões dos produtores rurais em relação às intenções de plantio, por exemplo, contratação de seguro agrícola e aquisição de crédito rural. Queremos assim minimizar os impactos que podem ser gerados pelas adversidades climáticas”, salientou o secretário da SDC, Caio Rocha. O grupo foi instituído por meio da Portaria nº 294, publicada na quarta-feira, dia 21 de novembro, no Boletim de Pessoal do ministério. O Grupo de Trabalho terá a orientação do secretário e será coordenado pelo engenheiro agrônomo e servidor do Mapa Aureliano da Costa Matos.
As alterações do clima atribuídas à ação do homem, somadas à urbanização crescente e desordenada, são apontadas como as causas principais das oscilações climáticas. Conhecer, portanto, a dimensão disso é essencial para a adoção de medidas que possam contribuir para evitar impactos econômicos negativos à agropecuária brasileira. No Brasil, desastres como enchentes no Sudeste, a seca no Sul e no Nordeste, para citar os mais recentes episódios, ocorridos entre o final do ano passado e ao longo de 2012, acenderam o sinal de alerta no Mapa, que mobilizou seus departamentos para tratar do assunto considerado prioridade pelo ministro Mendes Ribeiro Filho.
Com a ação, o governo espera reduzir o crescente volume anual de recursos despendidos nas respostas a esses acontecimentos e, posteriormente, no apoio para a recomposição do mercado impactado por inundações, alagamentos, estiagens, erosões, vendavais, entre outros fenômenos da natureza. Além dos servidores da SDC, integram o GT dois servidores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dois servidores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e um servidor da Secretaria de Política Agrícola (SPA). O GT tem caráter permanente devendo entregar informações semanais sobre o tema até o dia 31 de dezembro deste ano.
Zonas Úmidas
O Mapa também integrará o recém instituído Comitê Nacional das Zonas Úmidas, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o indicado do Mapa é servidor Kleber Souza dos Santos. O órgão será presidido por representante do Meio Ambiente e, nos seus impedimentos e afastamentos legais, por representante da Secretaria de Biodiversidade e Florestas.
As Zonas Úmidas visam a conservação e a utilização responsável das terras úmidas e seus recursos, seja por regulamentação nacional, seja por projetos de cooperação internacional. Evitar a degradação das zonas úmidas e promover sua conservação, reconhecendo suas funções ecológicas fundamentais e seu valor econômico, cultural, científico e recreativo é o desafio a ser perseguido.