MAPA anuncia o fim dos leilões e acena com política de renda para 2013

Novos mecanismos serão debatidos em duas semanas com a Cadeia Produtiva.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou em reunião com a cadeia produtiva nesta quarta-feira, ao meio-dia, que está encerrado o programa de vendas de estoques públicos de arroz, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no ano safra 2012/13. O anúncio foi feito pelo secretário executivo do MAPA, José Carlos Vaz, em reunião com o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP/RS), o presidente em exercício da Federarroz, Daire Coutinho e dos quadros técnicos da Conab e da Secretaria Nacional de Política Agrícola (SPA).

José Carlos Vaz também declarou que houve desgastes no funcionamento da política de oferta dos estoques e que ela precisará ser ajustada para quando for necessária. “A suspensão dos leilões alivia a pressão sobre os preços até a safra e deve garantir um início de comercialização pós-colheita, com valores acima do custo de produção”, avalia Daire Coutinho.

Outro importante anúncio do MAPA é a encomenda de um estudo técnico da Conab para formatar a política agrícola destinada ao arroz em 2013/14, com mecanismos que garantam renda ao produtor. “Foi transmitido de que há uma importante definição do Ministro Mendes Ribeiro Filho de que o produtor deve ter renda”, reforça Coutinho. Em duas semanas uma reunião entre representantes do MAPA e Conab, deverá debater o formato do programa.

A expectativa da Federarroz e do deputado Heinze é de que o novo formato de política agrícola gestado pelo governo federal assegure a estabilidade de preços para o arroz, com garantia de rentabilidade ao produtor.

POSITIVO 

Para Daire Coutinho, a reunião em Brasília (DF) foi muito positiva para o setor. Além da suspensão definitiva dos leilões, da garantia do MAPA de que haverá uma política de comercialização mais justa em 2013. “Em nossa opinião esta safra ainda vai gerar oferta menor do que o consumo nacional, os estoques serão os mais baixos em quase uma década, as exportações serão superiores às importações e a previsão é de um estoque final ainda mais ajustado no final do próximo ano safra. Isso indica preços estáveis e acima do custo de produção, que podem ser consolidados com uma política adequada do governo federal”, entende.

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