Estudo da Farsul aponta possível mudança no mercado internacional do arroz

No estudo foi feita uma projeção para a próxima década que aponta uma possível alteração na geografia de exportação do cereal, que será benéfica ao mercado brasileiro. A responsável pela mudança é a China.

A Assessoria Econômica do Sistema Farsul realizou uma análise sobre o mercado internacional do arroz baseado em um relatório da USDA de janeiro de 2014. No estudo foi feita uma projeção para a próxima década que aponta uma possível alteração na geografia de exportação do cereal, que será benéfica ao mercado brasileiro.

A responsável pela mudança será a China que teve uma variação na produção de 1,4% a.a. no período entre 2009 a 2014, com estimativa de uma safra de 141,5 milhões de toneladas para este ano. Mantida a média, a previsão é de 162,7 milhões de toneladas em 2024.

Por outro lado, o consumo de arroz no país aumenta em média 2,3% a.a. Se o crescimento for sustentado, ele chegará a 183,28 milhões de toneladas nos próximos dez anos, obrigando a China a comprar 20,62 milhões de toneladas. Esse é o total exportado pela Índia, Vietnã e Estados Unidos juntos neste ano e equivale a 57% de toda a importação mundial em 2014.

O economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz, vê esse novo quadro como favorável ao Brasil, “Numa economia de mercado em que a China passa a importar quase 21 milhões de toneladas por ano, e considerando que temos outros países asiáticos, como Vietnã, Tailândia e Índia, que deverão tentar atender essa demanda e ao fazê-lo eles deixam de abastecer mercados que hoje eles competem com o Brasil”, explica.

Para Antônio da Luz, os preços do arroz no mercado internacional também serão alterados, pois, mesmo nas regiões onde não atuam, os países asiáticos terminam rebaixando o preço, “Estamos falando de uma tendência de preço internacional crescente, uma tendência de alta no preço do arroz, se isso se confirmar”, salienta. O economista lembra que outros produtos já passaram por situação semelhante, principalmente a soja.

3 Comentários

  • Boas notícias para começar a semana, a demanda crescente pelo Grão não acredito ser só na China, mas sim em todos os países apreciadores deste nobre cereal. A natalidade supera em muito a mortalidade, sem falar na longevidade da terceira idade que aumenta a cada ano com avanço da medicina. Esta história de consumo estagnado e decrescente é conversa para boi dormir.

  • Procurei pelo estudo no site da Farsul e não encontrei. Seria possível publicar a integra do estudo ou o link?

  • Nelson,
    O estudo e entrevista do economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, está no seguinte link
    http://www.farsul.org.br/pg_informes.php?id_noticia=2280

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