Temporais deixam produtores ilhados na Fronteira com o Uruguai
O vento, que derrubou tudo: cercas, mangueiras, eucaliptos e cinamomos.
Em Alegrete, onde a proporção da chuva foi menor do que em Livramento, as consequências nas propriedades, por enquanto, se resumem à falta de energia. Contudo, o coordenador regional do Irga, Ivo Mello, alertou que a conjuntura poderá se inverter caso a luz não seja restabelecida, no máximo, até o fim da tarde de hoje. “Esses 50 milímetros a lavoura absorve bem. Se a luz voltar até amanhã, o prejuízo é mínimo. Do contrário, as consequências poderão ser drásticas.” Segundo Mello, 60% dos 320 mil hectares de arroz da Fronteira-Oeste estão em fase reprodutiva, época em que a irrigação é fundamental para o desenvolvimento da planta.
Aparentemente, a situação menos preocupante é a de Dom Pedrito. Lá, conforme o engenheiro agrônomo Gérson Ferreira, a falta de luz durou apenas 4h. “No interior dos municípios não tivemos condições ainda de fazer avaliações por conta da condição das estradas. Estão simplesmente intransponíveis,” disse. “Mas a gente estima que se por ventura houver algum impacto, que este não seja representativo. O pior é quando chove pedra e isso não aconteceu.”