Em equilíbrio

A safra de arroz brasileira 2014/15 será praticamente igual, em volume, à temporada passada. Isso segundo o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado na primeira quinzena de janeiro último, que projeta uma colheita de 12,198 milhões de toneladas, superior em apenas 0,6% sobre as 12,121 milhões colhidas no ciclo 2013/14. Neste quarto levantamento houve uma redução de 11 mil toneladas frente aos números divulgados em dezembro.

A área total prevista caiu 0,8%, especialmente no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, para 2,353 milhões de hectares cultivados contra os 2,373 da temporada 2013/14. Basicamente porque algumas áreas nestas regiões só são cultivadas com arroz para recuperação do solo de pastagens degradadas, que darão origem a novas lavouras de milho ou soja. Este tipo de cultivo é realizado por um ou dois anos. A seca prolongada de algumas regiões também afetou a definição contrária ao cultivo.

A produtividade média das lavouras brasileiras deve ser melhor na atual temporada, segundo o que técnicos da Conab apuraram no levantamento de campo, passando para 5,182 mil quilos/hectare. O volume é 1,4% superior ao rendimento médio obtido no ciclo anterior, de 5,108 mil quilos/hectare. O clima é apontado como mais favorável.

De uma maneira geral, os analistas indicam que as lavouras foram bem estabelecidas, mesmo aquelas que foram semeadas depois do prazo ideal indicado pela pesquisa no Rio Grande do Sul, e o desenvolvimento, até janeiro, estava dentro do esperado para a conjuntura e a tecnologia disponível.

A ocorrência de brusone, algumas pragas e invasoras no sul do Brasil já era esperada, tendo em vista as três últimas safras brasileiras. A evolução das tecnologias nas demais regiões também é visível.