Estratégias de manejo são determinantes

 Estratégias de manejo são determinantes

Comparativo entre plantas resistentes e suscetíveis mostra extensão dos danos

Além da resistência genética, existem outras estratégias de manejo da brusone. A semeadura na época recomendada é uma ferramenta importante para os orizicultores no manejo integrado da brusone, pois evita que os períodos críticos de suscetibilidade das plantas de arroz coincidam com condições ambientais mais favoráveis ao desenvolvimento da doença. Pelo Projeto 10, desenvolvido pelo Irga, foram estabelecidas as épocas de semeadura mais adequadas ao arroz irrigado – entre 1º de setembro e 5 de novembro – independentemente da região orizícola.

ADUBAÇÃO 
A adubação equilibrada é um dos componentes essenciais a ser incluído no manejo integrado da brusone, pois plantas com excesso ou deficiência de um determinado nutriente são mais predispostas ao ataque de doenças. Além do uso irracional dos fungicidas pelos orizicultores, outra realidade é a aplicação excessiva de ureia visando principalmente a obtenção de altos rendimentos em cultivares suscetíveis à doença, o que agrava ainda mais a situação da brusone no estado. O excesso de nitrogênio, além de desequilibrar a absorção de outros nutrientes, promove condições favoráveis ao ataque da doença devido à redução da espessura das paredes celulares, tornando-as mais fracas. Isso diminuiu a produção de compostos fenólicos e de lignina das folhas.

FUNGICIDAS 
Os fungicidas são muito importantes no controle de doenças de plantas, entretanto, não se deve considerá-los como única estratégia de controle e sim como parte do manejo integrado de doenças de plantas. Escolha da cultivar, época de semeadura, origem de sementes, nível de adubação, controle de plantas daninhas, manejo da água, uso do nitrogênio e monitoramento dos insetos são os principais constituintes do potencial produtivo e a aplicação de fungicida deve ser conforme a necessidade, sendo considerado somente o protetor do potencial produtivo.

Os fungicidas recomendados para as doenças do arroz irrigado estão listados nas “Recomendações técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil” (Sosbai, 2014). Mas tão importante quanto a escolha dos produtos químicos, o momento de aplicação é fundamental, possibilitando maiores chances de sucesso no controle da doença. Com a utilização de cultivares muito suscetíveis à brusone em algumas regiões do estado, o aparecimento dos sintomas da doença já ocorre no estádio vegetativo. Sendo assim, deve-se realizar a aplicação do fungicida, pois terão uma eficiência maior e a quantidade de aplicações subsequentes será menor.

Caso não ocorra o aparecimento dos sintomas nas folhas no estádio vegetativo em uma cultivar suscetível à brusone deve-se realizar a aplicação preventiva no final do emborrachamento (estádio de desenvolvimento R2) para a proteção das plantas quanto à brusone da panícula ou do pescoço. Caso a aplicação seja realizada com a doença já instalada, a eficiência do controle é baixa e as perdas ocasionadas pela doença já foram significativas.

Outras medidas importantes no manejo da brusone

– Utilização de sementes certificadas com alta qualidade fisiológica e sanitária

– Manejo adequado da lâmina de água de irrigação

– Eliminação de hospedeiros alternativos

– Controle eficiente de plantas daninhas

– Sistematização da lavoura adequadamente, evitando reboleiras com focos de doença

Fonte: Irga

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