Para exportar, melhor participar

 Para exportar, melhor participar

A coordenadora da produção integrada do arroz, Maria Laura Turino Mattos, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, assegura que a aplicação das normas do programa cria expectativa para a expansão da competitividade tanto para o mercado externo como no doméstico. Há o diferencial das boas práticas agrícolas e ambientais, o selo de conformidade, a rastreabilidade e a segurança na idoneidade e integridade do produto.

O Rio Grande do Sul, que concentra mais de 95% das exportações brasileiras de arroz, por exemplo, tem uma comissão estadual da produção integrada com participação de diversas cadeias agrícolas. “Trabalhamos com a ideia de que existam espaços diferenciados nos supermercados com alimentos da produção integrada que tenham a certificação”, comenta Maria Laura.

Ela entende que há uma tendência muito forte de que esta certificação seja complementar, por exemplo, ao Programa Brasileiro de Promoção das Exportações de Arroz – Brazilian Rice, comandado pela Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz) com apoio da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “A união destes objetivos deveria receber uma atenção especial por parte do Ministério da Agricultura e da agência”, defende.

A norma técnica específica do arroz representa oportunidade de diferenciação de produto em mercados internos e externos para a cadeia orizícola com competitividade e agregação de valor, pois se estabelece a rastreabilidade e a certificação do produto com a chancela do Inmetro, que possui reconhecimento internacional. “Representa também oportunidade de crescimento de nichos de consumo com demandas por sistemas de produção sustentáveis, especialmente sensíveis à segurança do alimento”, explica a coordenadora.

Segundo ela, esta é uma ótima oportunidade para o setor arrozeiro, principalmente o segmento campo, que busca reconhecimento oficial na adoção de boas práticas agropecuárias, mas também para o atendimento de exigência dos mercados por externalidades ambientais e trabalhistas crescentes, principalmente em função de novos mercados que o programa Agro +, do Mapa, está estabelecendo para o Brasil. “A produção integrada do arroz pode se tornar um potente instrumento de fidelização de mercado, de oferta e demanda ajustadas aos cenários brasileiro e internacional e de imagem do país como fornecedor de alimentos seguros e de alta qualidade produzidos de forma sustentável”, resume.

Com a oficialização da normativa está criada a expectativa para novos negócios de exportação do arroz brasileiro que precisem superar barreiras fitossanitárias e ambientais com a chancela do Inmetro. “Isso ocorrerá ao mesmo tempo em que o produto certificado poderá se destacar nos supermercados nacionais, conquistando consumidores pela qualidade e segurança do alimento”, reforça.

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