Sem “Niños”

Neutralidade tem
chuvas na média
histórica e riscos climáticos isolados
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 Depois de uma primavera com chuvas semanais, que atrasaram o plantio em maior escala na melhor época indicada pela pesquisa, novembro e dezembro devem se manter neutros, o que indica a ocorrência de chuvas dentro das médias históricas, mas com potencial de estiagens além do normal e excesso hídrico em regiões pontuais. As previsões do International Research Institute for Climate and Society (IRI), da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, têm apresentado indicadores entre 50% e 60% de probabilidade de ocorrência do fenômeno climático La Niña e de 40% a 50% para a neutralidade.

A meteorologista Jossana Cera, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que também é consultora do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), ressalta que a influência mais forte e significativa do clima, tanto para La Niña quanto El Niño, ocorre durante a primavera. No Sul do Brasil e parte da Argentina e Uruguai, o primeiro fenômeno representa chuvas abaixo da média histórica com períodos de estiagem, podendo ocorrer temporais e até enchentes eventuais isoladamente em algumas regiões. Já o El Niño representa excesso de pluviosidade e dias nublados e quentes. Geralmente, em temporadas sob este fenômeno a orizicultura gaúcha apresenta mais perdas.

“Uma possível La Niña iniciando agora, durante a primavera, dificilmente teria seus efeitos sentidos de forma mais contundente na lavoura orizícola, até porque, se acontecer, será fraca e curta, como no ano passado”, resume a especialista.

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