Nova tendência

 Nova tendência

Conab projeta queda
na área irrigada e
aumento na de sequeiro
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Diferentemente da tendência das últimas décadas, a safra 2019/20 no Brasil deve apresentar recuperação na área de arroz de sequeiro e queda na superfície plantada sob irrigado, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda que os números devam ser ajustados no andamento da temporada, o primeiro levantamento da cultura prevê redução de 0,6% na lavoura de arroz do país, para 1.687,4 mil hectares.

O maior impacto é da retração na Região Sul. A combinação de alto custo de produção, baixos preços de venda, endividamento, dificuldades de acesso ao crédito e opção por soja em parte das lavouras do Sul faz a diferença. Ao mesmo tempo, Mato Grosso e alguns estados do Brasil Central e Nordeste experimentaram melhores preços e oportunidades de mercado pela forte retração do cultivo no ciclo 2018/19.

Por enquanto, a zona irrigada no Brasil é estimada em 1.321,8 mil hectares, com retração de 2,1%. O plantio em sequeiro crescerá 5,5%.

O Sul é líder em superfície plantada, produtividade e produção, com 99,7% de cultivo sob irrigação. Estima-se a semeadura em 1.139,1 mil hectares, com queda de 2,5%, mas com aumento de 4,5% nos rendimentos, para 7.709 quilos por hectare. A produção será de 8,781 milhões de toneladas, elevação de 1,8%. Na safra passada houve queda de 70 mil hectares e depois disso mais a perda de 28 mil hectares por enchentes.

No Norte, segunda região produtora, serão plantados 216,8 mil hectares. O destaque é Tocantins, que manterá a área. O inverno seco e o atraso das chuvas comprometem o início do plantio por falta de umidade no solo e recomposição dos níveis dos mananciais para irrigação. No Nordeste, a expectativa é de manter a área com arroz irrigado e aumentar 7,2% o sequeiro, para 137,4 mil hectares. A produção crescerá 4,8%, para 280 mil toneladas. Segundo a Conab, somente a Bahia não planta arroz no Brasil.

No Centro-Oeste, a previsão é que ocorra elevação no plantio em terras altas (para 126,6 mil hectares) e no arroz irrigado em safrinha (39,1 mil hectares). O Mato Grosso é maior produtor de terras altas e o quarto em produção do Brasil. No Sudeste, o cultivo permanecerá estável em 13,2 mil hectares, sequeiro com 4,9 mil e irrigado com 8,3 mil hectares, com destaque para o cultivo de variedades especiais. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão são os maiores produtores nacionais.

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