5 PERGUNTAS E 5 RESPOSTAS SOBRE BRUSONE

 5 PERGUNTAS E 5 RESPOSTAS SOBRE BRUSONE

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão

Quando a planta fica mais vulnerável e como identificá-la?
Na fase vegetativa, entre os 20 e 40 dias após plantio (V2 e V5), e na fase reprodutiva, logo após a emissão do cacho (R2 a R4) até o enchimento dos grãos. O primeiro passo é a diagnose correta da doença. Para isto, a lavoura deve ser monitorada constantemente e as plantas examinadas por inteiro.

Como a brusone das folhas entra na lavoura e quais as condições favorecem o seu desenvolvimento?
Através de sementes infectadas, restos culturais infectados e inóculos trazidos pelo vento. Seu desenvolvimento é favorecido pela deposição de orvalho, altas densidades de plantas; preparo deficiente de solo, adubação nitrogenada em excesso e após o primórdio floral, suscetibilidade e uniformidade genética das cultivares e a combinação de altas temperaturas e baixa luminosidade.

Quais são os danos causados pelo ataque do fungo e como se pode reduzir os danos?
A doença diminui a área fotossintética da planta e a uniformidade na emissão de panícula, aumenta o número de espiguetas chochas, diminui o rendimento de engenho dos grãos, podendo gerar perdas de até 100% em infecções severas. Os danos podem ser reduzidos pelo manejo integrado da doença, que envolve o uso de cultivares resistentes, práticas culturais e uso de fungicidas, utilizados de forma integrada no manejo da cultura.

Quais as práticas culturais que podem ajudar a controlar a doença?
Um bom preparo do solo e incorporação de restos culturais, plantio antecipado, o mais cedo possível de acordo com a época recomendada para a região, uso de sementes certificadas; densidade de plantio adequada à recomendação; uso de cultivares com resistência genética e, sempre que possível, diversificação de cultivares, adubação nitrogenada equilibrada e controle de plantas daninhas.

O controle com fungicida é recomendado?
A aplicação de fungicidas é uma estratégia complementar de controle que protege o potencial produtivo da cultivar. Deve ser uma medida preventiva, porém, no caso da pulverização na fase vegetativa, deve-se aplicar tão logo observe o aparecimento dos primeiros sintomas, devendo-se considerar as outras medidas adotadas, como: resistência da cultivar, condições climáticas, época de plantio e o manejo dado à lavoura, para auxiliar na tomada de decisão. Na fase reprodutiva, em uma cultivar suscetível, recomenda-se, também considerando o histórico da lavoura, que a primeira aplicação seja feita no final do emborrachamento (até 5% de emissão de panícula), preventivamente, e uma segunda aplicação 10 a 15 dias após a primeira, de acordo como o poder residual do fungicida utilizado. O controle químico reduz a quantidade inicial de inóculo e a velocidade de avanço da doença, mas não recupera os danos já causados, porém garante o potencial produtivo das cultivares quando aplicado no momento e na dose corretos.

Fonte:
Brusone no Arroz, 2015, editado pela Embrapa Arroz e Feijão.
Autores: FILIPPI, M. C. C. de; SILVA-LOBO, V. L.; NUNES, C. D. M.; OGOSHI, C.

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