Preço da cesta básica tem alta em setembro em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese
Florianópolis e Salvador foram as capitais com as maiores altas no preço médio da cesta básica em setembr.
Segundo a pesquisa do Dieese, Florianópolis tem a cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas (R$ 582,40), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 563,75). Já a mais barata é a de Natal – R$ 422,31.
Em São Paulo, maior centro econômico do país, a cesta custou R$ 563,35 em setembro, com alta de 4,33%. O Dieese destacou que, no ano, o preço do conjunto de alimentos básicos na capital paulista subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.
‘Vilões’ da cesta básica
Ainda de acordo com a pesquisa do Dieese, o óleo de soja e o arroz tipo agulhinha foram os itens da cesta básica com as maiores altas. O preço de ambos aumentou em todas as capitais pesquisadas.
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As maiores altas no preço do óleo de soja foram observadas em Natal (39,62%), Goiânia (36,18%), Recife (33,97%) e João Pessoa (33,86%). Já as maiores variações no preço do arroz foram registradas em Curitiba (30,62%), Vitória (27,71%) e Goiânia (26,40%).
O baixo estoque de soja e derivados no país explicariam, segundo o Dieese, a alta nos preços, pressionada pela demanda externa e externa.
Já a alta do arroz, segundo o órgão, está relacionada ao “elevado volume de exportação e os baixos estoques mantiveram os preços em alta”. O Dieese destacou que não foram calculados os efeitos da importação do arroz com imposto zero.
Outros itens da cesta básica que tiveram destaque na alta de preços em setembro foram:
Carne bovina de primeira – preços aumentaram em 16 das 17 capitais pesquisadas, com taxas que variaram entre 0,66%, em Brasília, e 14,88%, em Florianópolis. A única 4 redução ocorreu em Porto Alegre (-0,49%).
Banana – preço teve alta em 15 capitais, sendo mais expressiva no Rio de Janeiro (19,01%), Aracaju (18,93%) e Porto Alegre (17,76%).
Açúcar – preço subiu em 15 capitais, sendo as maiores altas observadas em Salvador (8,19%) e Brasília (8,06%).
Leite integral – alta nos preços foi registrada em 14 cidades e variou entre 1,10%, em Belém, e 10,99%, em João Pessoa.
Tomate – aumentou em 14 capitais, com destaque para Salvador (32,12%) e Porto Alegre (29,11%).
Batata – preço foi pesquisado somente na Região Centro-Sul do país, onde teve o valor médio reduzido em sete das dez capitais pesquisadas.
Mais da metade do salário mínimo
O Dieese destacou que, considerando o preço da cesta básica mais cara, que foi o de Florianópolis, o conjunto de alimentos básicos representou, em setembro, 51,22% do salário mínimo nacional líquido, ou seja, descontada a contribuição previdenciária de 7,5%. Em agosto, essa proporção era de 48,85%.
Além disso, o órgão apontou que o tempo médio de trabalho necessário para um trabalhador poder comprar uma cesta básica passou de 99 horas e 24 minutos em agosto para 104 horas e 14 minutos em setembro.