IBGE prevê safra recorde de 263,1 milhões de toneladas para 2021

 IBGE prevê safra recorde de 263,1 milhões de toneladas para 2021

Soja será uma das culturas que puxará grande produção brasileira

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 93,1% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida.

Em fevereiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2021 alcançou mais um recorde, devendo totalizar 263,1 milhões de toneladas, 3,5% acima (9,0 milhões de toneladas) da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas) e 0,3% (908,4 mil toneladas) acima da informação anterior (262,2 milhões de toneladas). O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta que a área a ser colhida é de 67,0 milhões de hectares, sendo 2,3% (1,5 milhão de hectares) maior que a área colhida em 2020 e 0,2% (156,5 mil hectares) maior do que o previsto no mês anterior.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 93,1% da estimativa da produção e respondem por 87,7% da área a ser colhida. Em relação a 2020, houve acréscimos de 3,4% na área do milho (3,3% na primeira safra e 3,4% na segunda); de 3,1% na da soja e de 0,2% na do arroz. Por outro lado, houve declínio de 11,3% na área do algodão herbáceo.

Esperam-se recordes na produção de soja, totalizando 130,4 milhões de toneladas, com alta de 7,3% na comparação com 2020, e na produção de milho (declínio de 2,9% na primeira safra e alta de 1,4% na segunda), totalizando 103,5 milhões de toneladas, com alta de 0,3% frente a 2020. Mas houve declínio nas estimativas de produção de algodão herbáceo (-16,5%), totalizando 5,9 milhões de toneladas, e de arroz em casca (-0,7%), totalizando 11,0 milhões de toneladas.

A informação de fevereiro para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2021 alcançou 263,1 milhões de toneladas e uma área colhida de 67,0 milhões de hectares. Em relação a 2020, a área a ser colhida cresceu 2,3% (1,5 milhão de hectares). Frente ao previsto no mês anterior, houve alta de 156,5 mil hectares (0,2%).

As regiões a Sul (14,1%) e a Nordeste (0,9%) tiveram acréscimos em suas estimativas, sendo que a primeira deve produzir 83,4 milhões de toneladas (31,7% do total do país) e a segunda 22,8 milhões de toneladas (8,7% do total). Já o Centro-Oeste (-0,9%), com 120,6 milhões de toneladas (45,8% total); o Sudeste (-0,6%), com 25,6 milhões de toneladas (9,7% do total); e o Norte (-2,2%), com 10,7 milhões de toneladas (4,1% do total) tiveram queda em suas estimativas.

Entre as unidades da federação, o Mato Grosso lidera, com uma participação de 27,2%, seguido pelo Paraná (15,8%), Rio Grande do Sul (13,4%), Goiás (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,5%) e Minas Gerais (6,0%), que, somados, representaram 80,7% do total nacional. As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Paraná (703,7 mil toneladas), em Sergipe (230,7 mil toneladas), em Goiás (161,0 mil toneladas), em Minas Gerais (2,5 mil toneladas) e no Espírito Santo (1,4 mil toneladas).
Já as variações negativas ocorreram na Bahia (-108,0 mil toneladas), no Rio Grande do Sul
(-67,5 mil toneladas), no Amapá (-13,0 mil toneladas) e no Ceará (-2,4 mil toneladas).

Destaques na estimativa de fevereiro de 2021 em relação à de janeiro

Em fevereiro, destacaram-se as variações positivas nas seguintes estimativas de produção em relação a janeiro: trigo (16,8% ou 965,8 mil toneladas), café canephora (12,1% ou 98,1 mil toneladas), cevada (9,0% ou 32,9 mil toneladas), aveia (2,2% ou 21,3 mil toneladas), café arábica (1,6% ou 30,6 mil toneladas), milho 2ª safra (0,3% ou 262,8 mil toneladas) e soja (0,1% ou 117,2 mil toneladas).

Por outro lado, são esperados declínios na produção do arroz (-0,1% ou 8,8 mil toneladas), do feijão 3ª safra (-0,1% ou 810 toneladas), do feijão 2ª safra (-0,7% ou 8,6 mil toneladas), do tomate (-1,2% 46,0 mil toneladas), do milho 1ª safra (-1,7% ou 441,3 mil toneladas) e do feijão 1ª safra (-3,6% ou 46,8 mil toneladas).

ARROZ (casca) – A estimativa da produção foi de 11,0 milhões de toneladas, declínio de 0,1% em relação ao mês anterior, e redução de 0,7% em relação à 2020. Mas a produção deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro.

O Rio Grande do Sul, responsável por quase 70,0% da produção nacional, deve produzir 7,6 milhões de toneladas, com queda 2,1% em relação à 2020 e de 2,7% em relação à produtividade (7.958 kg/ha). A produção catarinense, de 1,2 milhão de toneladas, deve declinar 4,1% em relação a 2020.

CAFÉ (grão) – A estimativa da produção brasileira de café para 2021, considerando-se as duas espécies (arábica e canéfora), foi de 2,9 milhões de toneladas, crescimento de 4,8% frente ao mês anterior e declínio de 23,9% frente ao ano anterior, com o rendimento médio (1.580 kg/ha), aumentando 4,7% em relação ao mês anterior, porém, declinando 19,7% no comparativo anual. A área plantada apresenta declínio de 4,9% e a área a ser colhida, 5,2%.

CEREAIS DE INVERNO (grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. A estimativa da produção do trigo foi de 6,7 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% em relação ao ano anterior, com o rendimento médio devendo aumentar 9,0%.

A Região Sul deve responder, em 2021, por 87,9% da produção tritícola nacional. No Paraná, maior produtor (46,4% do total nacional), a produção foi estimada em 3,1 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, com participação de 39,1% do total nacional, deve produzir 2,6 milhões de toneladas, 25,0% a mais que em 2020.

A estimativa da produção da aveia foi de 997,5 mil toneladas, crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. Rio Grande do Sul e Paraná, os maiores produtores brasileiros do cereal, devem ter safras de 740,5 e 189,2 mil toneladas, respectivamente.

Para a cevada, a produção estimada encontra-se em 397,2 mil toneladas, crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 272,0 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 111,1 mil toneladas.

FEIJÃO (grão) – A segunda estimativa da produção de feijão para 2021 foi de 3,0 milhões de toneladas, declínio de 1,9% em relação à de janeiro. A área a ser colhida aumentou 0,2% e o rendimento médio diminuiu 2,0% no mesmo comparativo. Com relação à variação anual, a estimativa para a área a ser colhida (0,7%), para a produção (2,2%) e o rendimento médio (1,4%) aumentaram. Os estados com maior participação na estimativa de produção de feijão, considerando-se as três safras, são: Paraná (24,3%), Minas Gerais (18,8%) e Goiás (10,9%).

A 1ª safra de feijão, que participa com 42,1% da produção total, foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, declínio de 3,6% frente à estimativa de janeiro, o que representa 46,8 mil toneladas a menos. Destaques negativos para as estimativas de produção da Bahia, com uma diminuição de 15,4%, e do Paraná, com uma diminuição de 10,3%. Em relação a 2020, houve reduções de 5,1% na estimativa da produção e de 5,9% no rendimento médio.

A 2ª safra de feijão, que representa 39,1% do total, foi estimada em 1,2 milhão de toneladas, declínio de 0,7% frente à estimativa de janeiro. Destaques positivos para o Rio Grande do Sul, com aumento de 1,7% em sua estimativa de produção, e para Sergipe, com um aumento de 16,5%. Já no Paraná (-1,7%) e em Goiás (4,0%) houve redução.

Com relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção foi de 553,7 mil toneladas, redução de 0,1% frente à estimativa de janeiro. A estimativa da área a ser colhida recuou 0,2%. A unidade da federação responsável por esta diminuição foi o Paraná (-26,7%). Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção declinou 3,0%.

MILHO (grão) – Com uma área colhida de 18,9 milhões de hectares e um rendimento médio de 5.483 kg/ha, em relação à última informação mensal, a estimativa da produção declinou 0,2%, totalizando 103,5 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção deve ser 0,3% maior, havendo aumento de 3,4% na área a ser colhida e declínio de 3,0% no rendimento médio. A produção brasileira de milho em 2021, apesar do declínio em relação ao mês anterior, continua recorde da série histórica do IBGE.

A 1ª safra de milho deve participar com 24,9% da produção brasileira e está estimada em 25,8 milhões de toneladas, declínio de 1,7% em relação ao mês anterior, devido à queda na produtividade das lavouras (-2,0%). As maiores variações negativas na produção foram observadas na Bahia (-5,7%), no Paraná (-5,8%) e no Rio Grande do Sul (-3,3%). Em relação à 2020, essa produção é 2,9% menor.

Para a 2ª safra, que deve representar 75,1% da produção nacional, a estimativa da está em 77,7 milhões de toneladas, crescimento de 0,3% em relação ao mês anterior e de 1,4% frente a 2020. Contudo, o rendimento médio deve declinar 2,0%, em decorrência da menor “janela de plantio” para essa cultura, já que o atual ano agrícola atrasou e a colheita da soja deverá ser mais tardia. Os maiores produtores do milho 2ª safra, em 2021, devem ser o Mato Grosso (33,5 milhões de toneladas e participação de 43,1% no total nacional) e o Paraná (13,6 milhões de toneladas e participação de 17,4% no total nacional).

SOJA (grão) – A estimativa da produção da soja foi de 130,4 milhões de toneladas, aumento de 0,1% em relação ao mês anterior, o equivalente a 117,2 mil toneladas. Essa estimativa de produção para a safra de 2021 é novo recorde da série histórica do IBGE. A área plantada, de 38,2 milhões de hectares encontra-se 0,1% maior no comparativo mensal.

Em fevereiro houve pequenos ajustes positivos nas estimativas em Goiás (0,7%) e no Rio Grande do Sul (0,5%). Já o Paraná (-0,3%) e o Amapá (-23,8%) reduziram a produção.

Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção encontra-se 7,3% maior, o equivalente a 8,9 milhões de toneladas. Destaques para o crescimento da produção no Rio Grande do Sul (72,8%), Mato Grosso do Sul (5,2%), Minas Gerais (8,6%), Bahia (6,3%), Piauí (15,6%), Santa Catarina (5,5%), Maranhão (2,9%) e Pará (2,9%).

1 Comentário

  • Os estoques mundiais de soja e 🌽 estão baixos, onde a gigante China vai absorver tudo. Não terá alimentos sobrando ainda neste ano. SDS.bon negócios.

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