Dólar fecha cotado a R$ 5,22 e acumula 6ª semana consecutiva de queda

 Dólar fecha cotado a R$ 5,22 e acumula 6ª semana consecutiva de queda

Dólar: Depreciado frente ao real nos últimos dois meses

(Reuters/G1) O dólar fechou em queda de 0,96%, cotado a R$ 5,2270, nesta sexta-feira (7/5), contabilizando a maior queda semanal desde dezembro, em meio à perspectiva de novas elevações na taxa básica de juros no Brasil. Com o resultado, a moeda norte-americana teve a sexta semana consecutiva no vermelho.

Na parcial da semana e do mês, o dólar tem queda acumulada de 3,76%. No ano, o avanço ainda é de 0,77%. Veja cotações.

Cenário

O recuo do dólar frente ao real ocorre diante da expectativa da continuidade de elevações na taxa básica de juros no Brasil, o que ajudaria a recompor de forma mais robusta o chamado diferencial de juros com o exterior, o que favorece o fluxo de dólares para o país.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 2,75% para 3,5% ao ano. Segundo analistas, uma nova alta de 0,75 ponto percentual deve ocorrer também na próxima reunião, em junho.

A Selic em alta aumenta a diferença entre os retornos oferecidos no Brasil ante os dos Estados Unidos e de outros mercados emergentes, o que eleva a atratividade do real, potencialmente valorizando a moeda.

Na agenda de indicadores do dia, os EUA divulgaram que a economia norte-americana criou apenas 266 mil vagas de trabalho no mês passado, depois de abrir 770 mil em março, indicando que a recuperação do mercado de trabalho dos Estados Unidos está longe de completa, o que reduz as apostas de um aperto monetário pelo Federal Reserve no curto prazo.

“Se o mercado de trabalho já estivesse superaquecendo, a perspectiva de elevação de juros seria mais alta e isso pressionaria uma saída de recursos de países emergentes para os Estados Unidos”, comentou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Por aqui, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,6% em março, na comparação com fevereiro. Com o resultado, o setor encerrou o primeiro trimestre do ano também com queda de 0,6%.

Já a Fundação Getulio Vargas mostrou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 2,22% em abril, ante alta de 2,17% no mês anterior, com a aceleração dos preços de algumas commodites elevando a inflação ao produtor.

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