Conab prevê aumento de área e produção de arroz no Brasil em 2021/22

 Conab prevê aumento de área e produção de arroz no Brasil em 2021/22

Conab projeta novamente uma boa safra de arroz no Brasil (Foto: Robispierre Giuliani)

(Por Conab) O primeiro levantamento da cultura de arroz da safra 2021/22 indica que a área a ser semeada será de 1.703,2 mil hectares, um valor superior à safra anterior. A área de arroz irrigado é estimada em 1.329,5 mil hectares, similar à safra anterior. Quanto ao arroz de sequeiro, há indicação de manutenção de área em relação à 2020/21, que foi de 373,7 mil hectares.

OFERTA E DEMANDA

A Conab estima que a safra brasileira 2021/2022 de arroz será 1,3% menor que a do Safra 2020/2021, sendo projetada em 11,6 milhões de toneladas. Este resultado é reflexo principalmente das estimativas de amena redução das produtividade (-2,8%), apesar da projeção de expansão de área da cultura (+1,6%), com base em estudo econométrico em conjunto com uma análise de campo inicial realizada pelos colaboradores das superintendências regionais.

Mais especificamente sobre a produtividade, após um clima extremamente favorável na última safra, o cenário de normalidade climática utilizado
para a Safra 2021/2022 deverá, possivelmente, refletir em leve retração da produtividade. Sobre a área, a expansão deverá ocorrer em face da
significativa elevação das rentabilidades do setor a partir do início da pandemia. Mesmo com a desvalorização das cotações ao longo de 2021, a margem líquida segue acima dos patamares pré-pandemia.

Especificamente sobre o quadro de oferta e demanda do arroz, neste levantamento, não houve significativa alteração dos números apresentados
no 12º levantamento em relação a Safra 2020/2021. Acerca dos números para a próxima Safra 2021/2022, a projeção é de manutenção do consumo em 11,0 milhões de toneladas e do volume importado em 1,0 milhão de toneladas. Para as exportações, a perspectiva é que haja incremento do volume
comercializado para 1,4 milhões de toneladas. Como resultado, projeta-se um incremento de 8,1% nos estoques finais da cultura do arroz, totalizando um montante de 2,7 milhões de toneladas em dezembro de 2022.

ANÁLISE ESTADUAL – SAFRA 2021/22

Em Mato Grosso do Sul, a estimativa para o levantamento atual é de uma área superior à da safra passada. A estimativa atual é de 11,5 mil hectares. A
semeadura das lavouras de arroz foram iniciadas no mês de agosto e atingiu 43% da área prevista para este ciclo até o momento. Apesar da valorização do grão no último ano, o aumento nos custos de produção tem desestimulado à expansão ainda maior da área cultivada. Os produtores tradicionais têm adotado a rotação anual com a soja nas áreas onde a drenagem é mais eficiente visando o controle mais adequado
de plantas daninhas, principalmente do arroz vermelho. Os pacotes tecnológicos empregados nesta etapa estão semelhantes ao da safra 2020/21, com algumas alterações em relação às variedades de sementes que poderão apresentar alto potencial de produtividade e resistência em relação a pragas e doenças.

Até o momento, o clima está bastante adequado para o desenvolvimento desta cultura com a permanência de dias quentes e secos, dispondo de alta
luminosidade diária que favorece a fotossíntese e a baixa umidade do ar dificultando o surgimento de doenças fúngicas.

Na Região Sul, o cultivo de arroz é quase que totalmente irrigado e apenas um percentual pequeno no Paraná é cultivado em sequeiro.

Em Santa Catarina, já foram semeados 56,18% da área prevista de 148,6 mil hectares, a mesma explorada na safra anterior. Alguma redução de área ainda poderá ser identificada nos próximos levantamentos, já que algumas áreas, ainda não dimensionadas, estão migrando para a soja a fim de combater a infestação de arroz vermelho ou sendo convertidas em áreas urbanas, dada a valorização dos imóveis rurais na periferia das cidades, principalmente as litorâneas. As lavouras já semeadas estão em boas condições de germinação (37,25%) e desenvolvimento vegetativo (62,75%). Contando com preços atrativos, os produtores têm procurado usar cultivares mais produtivos e fazer os tratos culturais buscando atingir altas produções.

No Rio Grande do Sul, o mês de setembro foi relativamente bastante chuvoso, o que pode ter prejudicado aqueles produtores que deixaram para
preparar o solo de última hora. Por outro lado, foi importante para a reposição do nível dos mananciais hídricos e reservatórios que, desde o final da safra anterior, ainda não haviam sido reabastecidos adequadamente.

O período recomendado para a semeadura já iniciou, mas ainda não há área significativa semeada, também em função do excesso de umidade no solo.

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