Colheita evolui bem no RS, mas a Fronteira Oeste apresenta mais grãos gessados e quebrados

 Colheita evolui bem no RS, mas a Fronteira Oeste apresenta mais grãos gessados e quebrados

Foto: Robispierre Giuliani)

(Por Emater/RS) Devido às condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras, a colheita evoluiu de 72% para 84% no período. Além de favorecer o avanço da operação, o clima seco, durante a semana, repercutiu em redução nos gastos com combustível das colheitadeiras e tratores utilizados na retirada dos grãos das lavouras.

A produtividade média estimada permanece em 7.650 kg/ha, significando um decréscimo de 8% na projetada inicialmente. Os grãos obtidos, principalmente nas regiões Oeste e Centro do Estado, onde as lavouras sofreram maior restrição hídrica e estresse térmico, apresentam baixa qualidade, e há índice elevado de grãos quebrados ou gessados.

Na regional da Emater RS/Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita, em Uruguaiana, município de maior produção regional, alcançou 98% da área cultivada. Em Itaqui, segundo maior produtor, 90% das lavouras foram colhidas, e em São Borja, 85%. A produtividade é variada, mas, de maneira geral, foram colhidas, no período, lavouras que passaram por maiores limitações na irrigação e que sofreram com as altas temperaturas no início da fase reprodutiva, fatores que condicionam a produtividade mais baixa que as colhidas anteriormente.

Com a aproximação do final da colheita nas melhores lavouras, rizicultores também colheram as lavouras estabelecidas no final da época de plantio e que haviam sido temporariamente abandonadas pela insuficiência de água para a irrigação. Esse cultivo teve recuperação parcial com o retorno das chuvas mais volumosas a partir do final do mês de fevereiro. Os resultados de produtividade e de rendimento de grãos inteiros são muito baixos, porém, em razão da frustração na safra, esses recursos adicionais são considerados importantes. Na Campanha, a colheita também se encaminha para o final.

Em Bagé, onde 70% das lavouras já foram colhidas, a produtividade continua satisfatória. Em Dom Pedrito, 96% da área cultivada já foi colhida. Os produtores que retomaram a irrigação de lavouras abandonadas anteriormente, após o retorno das chuvas, estão realizando a colheita com produtividade em torno de 30% abaixo da estimada no início da semeadura. A colheita foi concluída no município de Lavras do Sul.

Na regional de Pelotas, a colheita prosseguiu, agilizada pelo clima mais seco e sem chuvas, e não houve dificuldades operacionais ou de logística. A produtividade média permanece em 8.500 kg/ha.

Na de Porto Alegre, a colheita encaminha-se para a finalização. As lavouras ainda não colhidas já estão aptas – em ponto de maturação –, e o avanço da operação é condicionado pela gestão de máquinas colheitadeiras e pela capacidade de recebimento de grãos. A estimativa de produtividade permanece 7.800 kg/ha.

Na de Santa Rosa, após o encerramento da safra e da apuração de resultados, rizicultores avaliam a diminuição da área cultivada com o grão na próxima safra em função dos altos custos para a implantação das lavouras e da falta de segurança na irrigação das áreas.

As áreas não utilizadas devem ser destinadas à pecuária de corte, soja ou milho, com menores riscos e custos de produção.

Na regional de Soledade, a colheita retomou seu ritmo normal após a permanência do tempo firme, a partir do dia 14/04. As lavouras colhidas representam 65% dos cultivos, índice ainda inferior aos anos anteriores para a mesma época. A expectativa de produtividade permanece em 6.800 kg/ha, e o grão colhido apresenta qualidade adequada e bom rendimento de engenho.

Comercialização

De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o preço do arroz teve variação de -1,76% em relação à semana anterior, passando de R$ 75,78 para R$ 74,45 por saca de 50kg.

1 Comentário

  • O maior produtor de Itaqui, que é meu primo por sinal sabem bem que a quebra do arroz em Maçambará e São Borja foi da ordem de 60%… Sabe ele também que o excesso de calor causou quebras grandes e, que a maioria dos produtores perderam 15% das suas lavouras senão mais! Então ele não pode tomar como base a lavoura dele! Tem que pegar o maior de Itaqui, o de Maçambará, o de São Borja é outro de Uruguaiana! Fazer uma média através da real área plantada e colhida! Não tomem a mediatriz por cima. Vai faltar 2 milhões de toneladas pra fechar a conta das industrias e tomara que falte 5 milhões no próximo ano!

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