Dólar alto: bom ou ruim para o agronegócio?
Autoria: José Luiz Tejon Megido – Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.
Claro, depende da hora e do mercado, exportação ou de mercado interno. Agora, falando da soja, o principal produto da pauta brasileira de exportações: o dólar alto sinaliza coisa atraente para a economia, do ponto de vista da balança de pagamentos e estímulo aos produtores rurais.
Vale considerar e explicar que nosso agro está pleno de riscos, não temos seguro rural e portanto, vivemos o jogo do mercado muito mais expostos do que nossos principais concorrentes. Além dos custos, impostos e péssima infraestrutura de estradas, ferrovias, portos e armazenagem. Logo, oferta, demanda, São Pedro e dólar fazem o show dos altos riscos do produtor brasileiro.
O ritmo dos negócios estava lento, e se a perspectiva para a virada do ano for de um dólar a R$ 3,60, por exemplo, poderíamos voltar a ter cotações para a soja na casa dos 90 reais uma saca de 60 kg no Porto de Paranaguá.
Hoje estão na faixa de 79 a 80 reais, e na semana passada atingia 81 reais, no Porto de Santos. O plantio da soja já atingiu 73% da área no país e no Mato Grosso já ultrapassou 90%, da mesma forma se espera uma segunda safra de milho recorde.
Estamos partindo para uma provável supersafra, neste período 2016/2017, com preços positivos, graças ao provável São Dólar. Milho e soja crescendo para o mercado interno e exportação. Salvação da economia!