Setor de arroz argentino confirma queda na produção

 Setor de arroz argentino confirma queda na produção

Foto: Marcus Tatsch / Imagens Gaúchas

(Por AgroDados/Planeta Arroz) A campanha de arroz 2021/2022 teve um crescimento de 9% na área semeada a nível do país, mas uma diminuição na produção e rendimento. No caso da província de Corrientes, fica exposta a incidência negativa de seca e altas temperaturas.

A Bolsa de Valores de Santa Fé, a Associação Correntina de Plantadores de Arroz, a Bolsa de Valores do Chaco e a Bolsa de Cereais de Entre Ríos divulgaram o relatório correspondente à produção de arroz no ciclo 2021/22 na República Argentina.

A área semeada em nível nacional no ciclo 2021/22 teve um crescimento ano-a-ano de 9% (17.400 ha), de acordo com o site Rosario 3.

Note-se que, pelo segundo ano consecutivo, o período estival esteve sob a influência de um Pacífico Equatorial com temperaturas abaixo do normal, o que deu origem a outro evento denominado “La Niña”.

É importante mencionar que, nos últimos 13 anos, os rendimentos máximos onde a barreira dos 7.000 kg/ha foi ultrapassada foram sob o efeito dos ciclos “La Niña”: 2017/18, 2020/21 e 2021/22. No entanto, o ciclo 2021/22 teve sérios inconvenientes em algumas áreas para conseguir uma irrigação adequada e gerou-se um atraso no ciclo da cultura com efeitos adversos como queda no rendimento potencial até a perda total de lotes no pior dos casos.

A baixa pluviosidade, principalmente em dezembro, e as altas temperaturas foram as características mais relevantes da “La Niña” que dominou o verão no hemisfério sul.

Entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, a província de Corrientes registrou 51 dias em que a temperatura máxima foi superior a 35°, enquanto nas províncias de Santa Fe e Corrientes os valores foram de 37° e 30°, respectivamente.

As altas marcas térmicas causaram maiores danos devido ao estresse térmico, fundamentalmente na província de Corrientes, sendo a mais afetada por uma seca que dificultou as tarefas de irrigação, o que se reflete na queda abrupta e precoce do NDVI a partir do mês de janeiro.

O forte déficit hídrico no verão causou a perda de 7% (14.850 ha) da área total plantada. A produtividade média nacional sofreu uma queda interanual de 8% (600 kg/ha) e em relação à média dos últimos cinco anos houve um aumento de 3% (176 kg/ha).

Do total implantado aproximadamente, o tipo comercial longo fino cobriu 89% (193.400 ha), o tipo largo “ancho”, que é apenas classificado como longo no Brasil, 8% (16.300 ha) e outros tipos comerciais 3% (7.400 ha). A produção nacional teve um decréscimo anual de 7% (103.595 t).

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