A força que vem do Sul

 A força que vem do Sul

Safra gaúcha representa mais de 71% da nacional

Região representa 81,7%
da safra nacional, enquanto
o sequeiro perde espaço
.

 A Região Sul, formada por Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, produz quatro de cada cinco grãos de arroz colhidos no Brasil, alcançando 81,7% da safra nacional. A novidade é a expansão dos cultivos do Paraná. A área de arroz irrigado também já representa mais de 85% da área total cultivada no país, com as lavouras de sequeiro mantendo sistemática retração ano após ano. Em seu sétimo levantamento da safra de arroz 2016/17, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destacou o aumento da produtividade como grande razão para que o Brasil colha uma safra ajustada às suas necessidades.

A produção deverá alcançar 11,95 milhões de toneladas, com avanço de 12,7% sobre a temporada 2015/16, quando o fenômeno El Niño afetou as lavouras do sul com excesso de chuvas e enchentes e as do norte/nordeste com seca. Esse crescimento acontece apesar de uma retração de 2,7% na área plantada no país, que cai de 2,008 milhões para 1,954 milhão de hectares. Com o clima favorável e o uso de variedades menos suscetíveis a doenças, o Sul do Brasil conseguiu avançar 15,8% no rendimento por área neste ciclo, consolidando produtividade de 6.113 quilos por hectare. A redução das áreas de sequeiro, de baixo rendimento produtivo, e a expansão dos cultivos irrigados potencializam a média.

A Região Sul deve consolidar 1,9% de incremento de área em relação ao exercício anterior. O cultivo do arroz é irrigado em quase sua totalidade e apenas um pequeno percentual no Paraná é cultivado em sequeiro. No Rio Grande do Sul, a cultura teve desenvolvimento satisfatório durante todo o ciclo, consequência da boa resposta dos fatores de produção, e vem apresentando resultados acima dos inicialmente esperados. Santa Catarina teve um clima favorável e até mesmo o cultivo da soca deverá alcançar produtividade acima da média.

NORTÃO

Na Região Norte, segunda maior produtora nacional, houve redução de 2,3% na área plantada por causa do menor interesse no cultivo de sequeiro. Em Tocantins, o plantio da safra de sequeiro tem a finalidade de abertura de área para a lavoura de soja e também é realizado por agricultores familiares para o próprio consumo. Nesta safra observa-se uma diminuição de 28,3% das áreas para cultivo em sequeiro.

A queda deste segmento é influenciada pela opção dos produtores por culturas com melhores expectativas de mercado, caso do milho e da soja, bem como pela menor abertura de áreas. Com o clima mais regular, a expectativa é de produtividade média 32,1% maior. Já o plantio do arroz irrigado continua crescendo e registra incremento de 8%, com aumento de 12,5% na produtividade. Assim sendo, haverá um crescimento de produção em 21,6% naquele que já é o terceiro principal produtor de arroz do Brasil.

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