A importância da conscientização do consumidor sobre a valorização do arroz

 A importância da conscientização do consumidor sobre a valorização do arroz

 “Que vontade de comer aquele arroz com feijão!” Ao concluir a frase, presume-se que sua memória afetiva esteja em plena atividade. Isso porque a ideia que a maioria das pessoas tem sobre o par perfeito, ou arroz de mãe, a comida de vó é de uma refeição cheia de sabor, saúde e afeto. Esses familiares que cozinhavam e serviam tal comida realmente preocupavam-se com nossa saúde. Ofereciam comida de verdade, que hoje chamamos de alimentação saudável, equilibrada. Isso porque o arroz traz muitos benefícios para a saúde de quem o consome, ainda mais se associado ao seu amigo inseparável, o feijão.

Quando consumido na forma integral, o arroz proporciona ao corpo maior aporte de fibras e que, baseado na ciência, apresenta menor risco para o desenvolvimento de doença coronariana, hipertensão, obesidade, diabetes, câncer de cólon e redução do peso corporal devido à saciedade que proporciona. O parboilizado é rico em amido resistente, a porção não digerida de amido, age como fibra no intestino e sua digestão é lenta e gradual, não causando picos de insulina, o que favorece os diabéticos. É fonte de vitaminas e sais minerais que são nutrientes reguladores do organismo, com função importante sobre a pressão sanguínea, funcionamento do coração, sistema imunológico, recuperação de ferimentos, e funções musculares.

No entanto, pesquisas apontam que a comida de verdade foi, gradativamente, substituída por refeições congeladas prontas, ultraprocessadas, fastfood, sabor artificial e ingredientes prejudiciais ao organismo humano. As pessoas não têm tempo de cozinhar e pouco se dedicam ao hábito. Optando por utilizar momentos em família ou sozinhos, para um hobby que tire sua atenção da correria diária. Isso provavelmente acontece pela falta de informação sobre os benefícios do arroz à saúde, a quantidade de co-produtos que existem para deixar uma alimentação simples cheia de nutrientes importantes que aumentam a imunidade.

É preciso agregar valor ao arroz, acrescentar informações nutricionais do alimento na embalagem, além dos benefícios deste para a saúde de quem o consome. Entender a percepção de valor pelo consumidor: percebendo que o “preço” é pelo que o consumidor paga, mas “valor” é o que ele leva para casa. Ou seja, informação + alimentação saudável + conhecimento sobre aquilo que escolheu colocar na mesa, fará diferença, levando-o a consumir mais e de forma natural.

Com tal pensamento, o Provarroz, Programa de Valorização do Arroz do Irga, desenvolve desde 2015 ações no Rio Grande do Sul. Baseando suas atividades em propaganda, palestras e oficinas a profissionais e alunos, em graduação, da área da saúde, mostrando-lhes a importância de consumir arroz e de propagar essas informações aos pacientes. De forma gradual, o trabalho começa a alcançar a esfera nacional após ações com figuras importantes para disseminar conhecimento na área, como Rita Lobo e Dr. Drauzio Varella. As próximas iniciativas se darão em função do cenário de isolamento social que vivemos: receitas, informações e muito conteúdo estão disponíveis no site e redes sociais do Irga.

No entanto, faz-se necessária a união da cadeia orizícola para alcançar números e resultados maiores e mais rápidos. Tal iniciativa demonstraria força, de modo a exigir dos governantes maior aproveitamento da taxa CDO, que, atualmente, com parcela direcionada ao caixa único do Estado, não retorna em forma de benefício à própria cadeia. Assim, reunindo esforços em função de um objetivo comum, uma consequente valorização do arroz estaria posta.

Nesse sentido, as soluções e medidas que a cadeia orizícola gaúcha deve adotar poderão nortear o consumo do cereal em todo o país, uma vez que produzimos 70% de todo o arroz brasileiro, mas consumimos apenas 12%. Por que, então, não darmos o exemplo e passarmos a consumir mais e viver muito melhor, fortalecendo a imagem do arroz de volta à mesa do brasileiro, repaginado e indispensável no dia a dia, almejando que a população valorize o que sempre está ao seu alcance, em momentos de prazer ou de sufoco.

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