A queda é certa

 A queda é certa

Conab prevê
safra brasileira
até 9,5% menor
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em sua primeira estimativa para a safra brasileira de arroz 2011/12, em outubro, que a produção nacional terá queda de 6,6% e 9,5%. A diferença pode superar 1 milhão de toneladas. Após alcançar 13,6 milhões de toneladas do grão no ciclo 2010/11, o recorde nacional, o Brasil deverá colher de 12,3 a 12,7 milhões de toneladas.

A área de arroz no Brasil deve cair de 2,82 milhões de hectares para algo entre 2, 74 e 2,80 milhões de hectares. A redução será de 0,6% a 2,7%. Com base nos dados preliminares, a Conab acredita que a produtividade média brasileira deve ficar em 4.512 quilos por hectare, contra 4.824 quilos da temporada passada, indicando uma queda de 312 quilos, ou 6,5%, no volume colhido por área.

A redução do “pacote tecnológico” empregado, por conta dos baixos preços de comercialização da safra passada em todo o Brasil, e o clima são considerados fatores determinantes para essa retração.

Em Santa Catarina, segundo maior produtor de arroz do Brasil, a previsão é de área igual ou com pequeno avanço, por suas características fundiárias, o estabelecimento em áreas de várzeas sistematizadas, que praticamente só suportam produção de arroz.

SEQUEIRO

O arroz de sequeiro, que em área equivale ao irrigado, manterá sua trajetória de redução no Centro-oeste, embora a consolidação de variedades de alta produtividade e qualidade de grãos. O diferencial nesta área é a rentabilidade e liquidez de outros produtos agrícolas, como o milho, a soja e o algodão. No Cerrado brasileiro, diferentemente das várzeas do Sul, que só permitem o cultivo de arroz ou uso da terra para pecuária, o produtor tem diversas alternativas agrícolas e opta por aquela que lhe gera renda. Ou seja, há pelo menos três produtos que concorrem diretamente com o arroz por área e que, comercialmente, têm previsão de preços muito mais atrativos em 2012.

Vale lembrar que o Norte e o Nordeste do Brasil plantam a partir de janeiro e só agora começarão a dimensionar a área destinada à cultura em cima de questões como preços e clima. O Mato Grosso deve reduzir a área de 4% a 8% e a produção de 7,4% a 11,2%. O Mato Grosso do Sul poderá reduzir a sua safra em até 29%.

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