Agulhinha

 Agulhinha

O Instituto Agronômico (IAC) expôs as variedades de arroz Agulhinha 203 e IAC 204 no Agrishow, no início de maio, em Ribeirão Preto, São Paulo. As cultivares apresentaram rendimento industrial até 72% maior do que as referenciais IAC 201 e IAC 202 e produtividade a campo superior entre 14% e 21%, em testes realizados entre 2006 e 2009. As novas sementes destinam-se ao cultivo em terras altas ou condição de sequeiro, com irrigação por aspersão ou pivô central ou, ainda, em condições de sequeiro favorecido no estado de São Paulo. Estarão disponíveis a partir da  próxima safra de 2011/12.

Crioulo

A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) está desenvolvendo um projeto com mais de 200 famílias para a produção de arroz crioulo de sequeiro, com excelentes resultados. São 18 variedades cultivadas. Dias de campo mostraram os resultados obtidos com o resgate e o cultivo de sementes crioulas. O sistema de produção está baseado no uso e conservação do solo e manejo da agrobiodiversidade, focando a produção de alimentos para o autoconsumo.

Prorrogação

O Banrisul prorrogou para 25 de julho deste ano o vencimento dos financiamentos de custeio das lavouras de arroz gaúchas. Originalmente, as parcelas venceriam em 24 de abril. Este benefício é direcionado aos produtores que tiveram perdas pelo excesso de chuvas e enchentes ocorridas na safra 2009/10, tendo os vencimentos do custeio prorrogado até 2013, conforme prevê o Manual de Crédito Rural. As parcelas devem vencer sempre no mês de abril, mas os baixos preços de mercado do arroz sensibilizaram a cúpula do banco e do governo gaúcho.

Tropical

A Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro) de Tocantins, em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, de Goiás, está incentivando o cultivo da variedade de arroz BRS Tropical entre os produtores daquele estado. A variedade é indicada para cultivo irrigado e tem boa resistência às doenças, além de uma qualidade superior de grãos. Em 60 ensaios realizados no Tocantins, a média produtiva foi de 6,9 mil quilos por hectare, com percentual de inteiros superior a 62%. Alguns experimentos foram realizados em Lagoa da Confusão.

Metal chinês

Um estudo publicado pela revista New Century apontou que mais de 10% do arroz produzido na China, maior produtor mundial do grão, está contaminado por metais pesados decorrentes da poluição e da rápida industrialização do país. O relatório menciona o cádmio como um dos elementos encontrados no arroz chinês.  As substâncias químicas, muitas vezes liberadas pela atividade da mineração, se espalharam pelo ar e pela água, poluindo grandes extensões de terras. O relatório cita estudos acadêmicos feitos a partir de 2007 em vilas rurais ao Sudoeste do país.

Xô, barriga!

Uma pesquisa feita por nutricionistas da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, mostrou que o uso do arroz integral no lugar do branco traz benefícios à saúde, que vão do controle de diabetes à redução da gordura abdominal. Eles analisaram a dieta de 2.800 pessoas. Entre elas, as que consumiam três ou mais porções de cereais integrais diariamente e não abusavam dos refinados tinham até 10% menos gordura visceral, aquela que se deposita barriga adentro e recobre órgãos como pâncreas, intestino e fígado. À primeira vista, a redução pode parecer pequena, mas as vantagens são imensas, da barriga enxuta à redução dos riscos cardiovasculares. O teor de fibras presente na “casquinha” do arroz integral é responsável por estes benefícios, pois torna a digestão mais lenta, fazendo com que o açúcar proveniente dos carboidratos seja assimilado aos poucos.

Fortificado

Cerca de 13 mil estudantes da educação infantil de Dourados (MS), indígena e rural, começaram em abril a merendar o “superarroz” desenvolvido pela organização não-governamental americana Path, que é mantida pela Fundação Bill e Melinda Gates. Uma pré-mistura, composta de zinco, ferro, ácido fólico e outros nutrientes na forma do grão de arroz, serão adicionados ao arroz convencional, ajudando a melhorar o índice nutricional. A expansão do projeto no Brasil deve-se, em parte, à parceria feita entre a Path e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), pela qual a instituição de ensino será a responsável por difundir a tecnologia para toda a América Latina. 

Com referências!

Em pleno processo que deve levá-lo à indicação geográfica nos próximos meses, o arroz vermelho do Vale do Piancó, na Paraíba, receberá um reforço das pesquisas. A Embrapa deverá lançar uma variedade comercial deste tipo de arroz, que só é encontrado no Nordeste brasileiro e sob condições de produção de subsistência. Cerca de 5 mil hectares são cultivados na Paraíba, 2 mil no Rio Grande do Norte e mais mil em Pernambuco, Bahia, Alagoas e Minas Gerais, sob diferentes nomes e variedades crioulas. Com uma variedade comercial, a atividade deve ganhar impulso. O vermelho do Nordeste é bastante consumido na região, diferentemente do arroz vermelho que ocorre no Sul e é considerado uma erva daninha.

Produsa

I Na reunião do último dia 28 de abril, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a reabertura do prazo para contratação pelos produtores de arroz do Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa). O prazo foi encerrado no dia 31 de março e será reaberto até 30 de setembro de 2011. Muitos produtores não conseguiram acessar a linha de financiamento devido aos atrasos na liberação das licenças ambientais.

II O programa é uma linha especial de financiamento para atender aos agricultores afetados pelas consequências climáticas entre 1º de novembro de 2009 e 31 de março de 2010. O objetivo é propiciar a recuperação da capacidade produtiva da área e a implantação da safra seguinte. Também em favor dos rizicultores, o conselho decidiu pela prorrogação de até 100% do saldo devedor das operações de Empréstimo do Governo Federal (EGF) de arroz da safra 2009/10.

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