Além das cheias, produção de arroz catarinense será impactada por doenças e pragas
(Por GCD) As enchentes registradas nos meses de outubro e novembro, do ano passado, no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, devem provocar quebra de produção de arroz no momento da colheita. De acordo com o gerente de Inovação, Tecnologia e Sementes da Cravil, Gentil Colla Junior, na região são cultivados cerca de 10 mil hectares de arroz. Desse total 25% já está em fase avançada de desenvolvimento, enquanto o restante ainda está no período inicial, devido ao plantio tardio. “A faixa do estágio de desenvolvimento dentro da cultura de arroz, varia de uma parte que foi plantada no cedo. Que se salvou querendo entrar no ponto de espigamento ou pré-espigamento. Eu tenho uma fase vegetativa. E também, uma porção de uma área muito grande e significativa que está em fase de pleno estádio de vegetativa”, conta.
Gentil explica que ainda não é possível contabilizar as perdas na cultura. Mas que devido às situações vivenciadas no período de plantio, a quebra na produção será sentida na colheita. “Pela maneira que está conduzindo a safra, só por essa alteração do momento de plantil, nós já teremos uma quebra de produtividade. Além disso, é difícil hoje dizer em números. A gente sabe que por ter sido plantado mesmo quando você plantar na janela dentro do zoneamento ar climático, ele é muito grande, mas existe pontos ideais dentro dele. Esse tipo de situação já nos leva a crescer em uma perda de produtividade a nível de arroz”.
Proliferação de pragas
Além dos impactos já sofridos, a produção de arroz na região ainda deve enfrentar outros problemas relacionados às ações climáticas, como a proliferação de doenças e pragas. “A gente sempre reforça que para que se tenha o desenvolvimento de uma doença ou de um inseto na praga é preciso três pontos. Eu preciso ter a cultura implantada, o patógeno próximo ou ali sobrevivente e preciso de clima”, finaliza.