APA-MT deve reduzir estimativa de produção e produtividade
Levantamento orientado pela Associação de Produtores de Arroz do Mato Grosso deverá ser concluído na próxima semana.
A Associação dos Produtores de Arroz do Mato Grosso (APA) deve divulgar na próxima semana seu levantamento revisado sobre a área cultivada com o cereal no estado e produtividade das lavouras. Na primeira estimativa, a área plantada com o cereal foi projetada em 580 mil hectares e a produtividade em 3.103 quilos por hectare.
Segundo a diretora executiva da APA, Zilmara Sobrinho, este novo levantamento vai expressar realmente a área que foi plantada. Mas deve mudar pouca coisa em relação a anterior, aposta a diretora. Já a estimativa de produtividade deve sofrer uma redução, devido aos problemas climáticos enfrentados pelos produtores mato-grossenses.
O último levantamento de SAFRAS & Mercado apontou uma área plantada de 530 mil hectares no Mato Grosso, o que representa um aumento significativo de 22% em relação aos 435 mil hectares plantados na temporada passada. Devido às perdas relacionadas ao excesso de chuvas no início desde ano, sobretudo nas lavouras de arroz Primavera, a área colhida deverá ser de 528 mil hectares.
Ainda de acordo com SAFRAS & Mercado, o rendimento médio verificado até o momento é de aproximadamente 2.950 kg/ha. Com isso, a produção total do estado deverá atingir cerca de 1,56 milhão de toneladas. Este número representa incremento de 26,5% em relação à temporada passada, quando foram colhidas cerca de 1,23 milhão de toneladas.
Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está estimando um crescimento de 45% na safra 2003/04, devendo a mesma atingir 1,869 milhão de toneladas, contra as 1,289 milhão de toneladas registradas na temporada anterior. Os preços do arroz no Mato Grosso, conforme a APA, estão estabilizados há 20 dias. A saca de 60 quilos de arroz Primavera, com 55% de inteiros, está valendo em torno de R$ 34,00, relata Sobrinho.
O produtor está segurando o cereal para vender no segundo semestre, quando a expectativa é de preços mais aquecidos, comenta. Em contrapartida, a indústria está comprando pouco, esperando uma queda nas cotações. Por isso, o volume de negócios é reduzido, explica.